O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que estenderá até o próximo dia 15 de junho a quarentena no estado como medida de combate ao novo coronavírus – ou seja, mais 15 dias além da última restrição, que encerraria neste domingo (31).
Entretanto, ele afirmou que, a partir da próxima segunda-feira (1º), haverá uma flexibilização do isolamento social, com a retomada de atividades econômicas em fases escalonadas. A nova fase recebeu o nome de “Retomada Consciente”. Apesar de anunciar o retorno das atividades em algumas áreas, Doria afirmou que a medida será avaliada diariamente e que pode a retomar atitudes mais restritivas se necessário.
“É uma nova fase, uma nova prática, que vai permitir em algumas áreas a retomada gradual e segura de atividades. Quero alertar, no entanto, que a retomada parte da colaboração de todos e parte do princípio que estaremos monitorando dia a dia a evolução do processo. Se tivermos que darmos um passo atrás e retomar medidas, não faremos para proteger vidas”, disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
A flexibilização consta do Plano São Paulo, que é o protocolo de reabertura gradual do comércio. Foram priorizados setores com menor potencial de contágio, os que empregam mais e aqueles que correm mais risco de falência.
A cidade de São Paulo é considera o epicentro nacional da covid-19. Até a primeira semana de maio havia um entendimento de que seria necessário recorrer ao lockdown porque as UTI se aproximavam de 90% de ocupação.
A prefeitura tentou bloqueio de vias, um rodízio ampliado e a antecipação dos feriados para criar seis dias de comércio fechado foi descrita como “última cartada” pelo prefeito Bruno Covas. O entendimento é que as medidas deram certo – apesar de o rodízio ampliado e os bloqueios terem sido revogados. A capital alega que a taxa de contágio está em 1,1, ou seja, cada indivíduo infectado transmite o coronavírus para mais 1,1 pessoa.