1º de Maio com foco no que é prioritário | Celebração do Dia do Trabalhador coloca em pauta reivindicações por melhoria das condições de vida da população e retomada do desenvolvimento.
Os trabalhadores brasileiros, entre eles os engenheiros, comemoram 1º de Maio no próximo domingo, reforçando a luta pelo que é essencial e prioritário: empregos, direitos, democracia e vida. A celebração da mais importante data para o movimento sindical dialoga clara e diretamente com a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em 7 de abril, marco inaugural do empenho renovado por mudanças urgentes e fundamentais no País.
Tão unitárias quanto possível, ambas as iniciativas – lideradas pelas centrais, mas com adesão e engajamento de um conjunto ainda mais amplo de entidades que inclui a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o SEESP e outros sindicatos da categoria – representam a entrada em campo dos trabalhadores para apontar as demandas urgentes da população.
A mensagem que se pretende transmitir em uníssono é a necessidade de buscar soluções para os problemas concretos, as mazelas que penalizam de forma mais cruel os mais pobres, mas que também atingem em cheio a classe média. Entre alto desemprego, precarização, informalidade e carestia, a piora das condições de vida é visível e chocante.
Superar a já longa recessão vivida no País, que foi agravada pelos reflexos da pandemia de Covid-19, exige medidas assertivas. Em que pese a nova turbulência global com a guerra na Ucrânia, cabe-nos buscar saídas para resgatar os brasileiros de uma situação que já se torna insuportável. Reverter esse quadro tem que ser o compromisso real de todos, especialmente da classe dirigente do País.
O movimento sindical lançou a Pauta da Classe Trabalhadora como proposta de retomada do desenvolvimento nacional, numa perspectiva de preservação ambiental, distribuição de renda e proteção social. Essa plataforma, que também contempla temas que vêm sendo apontados como essenciais pela FNE e seus sindicatos filiados, como a transição energética e a economia digital, precisa ser conhecida e debatida pela sociedade, e levada a sério pelos candidatos às eleições deste ano aos quais o documento está sendo entregue.
O Brasil vive já há alguns anos em ebulição política constante, num dispêndio de energia e dispersão que leva à exaustão sem que se chegue a qualquer solução real. Precisamos de um pacto nacional para abandonar esse caminho infeliz e trabalhar para melhorar a vida de todos, trazendo prosperidade, dignidade e paz ao nosso povo.
Que o 1º de Maio seja um marco do reencontro com essa vereda. Lutemos juntos por um País melhor.
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