Sexta (15), agentes das Polícias Militar, Civil, Penal e Técnico-Científica promoveram ato na região central de São Paulo, em frente ao Batalhão Tobias Aguiar (Rota). A manifestação marcou o início da Campanha Salarial dos policiais e demais profissionais da Segurança Pública.
O protesto também serviu para cobrar do governo do Estado a valorização salarial das carreiras. Além dos agentes, participaram deputados, vereadores e membros da sociedade civil.
A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP (Sindpesp), Raquel Gallinati, discursou durante o ato e reforçou a importância da união dos policiais de todas as categorias e denunciou o desmonte das corporações.
“Estamos nos indignando porque somos a melhor Polícia do Brasil, mas não conseguimos trabalhar, pois estamos limitados e, muitas vezes, impedidos por irresponsabilidade, incompetência e descaso do governador. Não temos salário e a população está morrendo” afirmou a dra. Raquel.
Para a presidente do Sindpesp, o governador João Doria (PSDB) é o responsável direto pelo sucateamento das Corporações. “Neste momento, temos um ‘salário-deboche’ comparado com o praticado no Brasil”, ela conta.
Segundo Raquel Gallinati, essa situação calamitosa ocorre porque Doria pratica falácias e narrativas mentirosas, o que o torna negligente e com responsabilidade completa sobre todos os problemas que os policiais passam. “De todos os crimes que estamos presenciando diariamente, sabemos que poderíamos combater, mas estamos impedidos”, ressalta a dirigente.
Sobrecarga – As polícias de SP contam com defasagem profissional, além da salarial. Isso gera sobrecarga nos profissionais de todas as categorias e acaba provocando inúmeras tragédias. “Os policiais estão morrendo muito mais vezes por suicídio do que por sua atividade-fim ou em confronto”, alerta a presidente do Sindpesp.
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