O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista terça (30) ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. Durante a conversa com os jornalistas, Lula afirmou que, caso seja eleito em 2022, não manterá a política de paridade de preços da Petrobras. “Não terá essa política de aumento de gás e da gasolina”, disse.

Segundo o ex-presidente, a distribuição de dividendos aos acionistas da estatal, da forma como ocorre, irá acabar. “Os acionistas merecem ganhar alguma coisa, mas quem tem que ganhar é o povo brasileiro”, explicou o petista.

Aumento – A gasolina é o combustível que tem figurado no noticiário nacional desde o início de 2021. No acumulado deste ano, o combustível subiu 43,4%. Já o gás de cozinha, teve alta de 36% no período. Vale lembrar que a promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, em 2018, era de comercializar o botijão de 13 quilos a R$ 35,00.

Isso ocorre porque a Petrobras adotou, em 2016, a política do Preço de Paridade Internacional (PPI), que considera a cotação do petróleo no mercado internacional, em dólar, além de dolarizar os custos de exploração, produção e refino.

Lula critica: “Não tem explicação econômica, sociológica ou filosófica para a Petrobras ter preço internacional, estando em um País autossuficiente em petróleo”.

“Não tem noção o Brasil tentar distribuir mais de R$ 65 bilhões para os acionistas minoritários em detrimento do povo brasileiro”, ressalta o ex-presidente. Para o petista, o principal responsável pelo aumento na gasolina e no gás de cozinha é o presidente Bolsonaro.

“Acontece que Bolsonaro não governa o Brasil. Ele não entende de economia, não entende de política social, não entende de futebol, não entende de sindicato, não entende de partido político. Não entende de preço da Petrobras. E qualquer pessoa séria que ganhar a eleição, não vai manter essa política, porque não é razoável e nem respeitoso com as pessoas”, avaliou Lula.

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