19.1 C
São Paulo
domingo, 29/06/2025

A carestia e a sua administração

Data:

Compartilhe:

A Economia não combate a carestia com soluções milagrosas como antecipação de 13º salário ou empréstimo do próprio Fundo de Garantia.

Como dizer que o País líder em exportação de commodities alimentares vive forte crise inflacionária, principalmente em razão dos alimentos?

!

Será que a fome é o principal marco pra se definir a escassez? Ou o desemprego? Ou o subemprego pós-Reforma Trabalhista, que, além de não gerar empregos de qualidade, criou condições de precarização na relação emprego x salário?

Creio que quem melhor defina isso seja a mulher. A mãe que sempre teve dupla jornada de trabalho e arca com o planejamento e a compra dos víveres.
Sabe melhor que qualquer economista como fazer um tostão virar um milhão, se lhe derem oportunidade.

Numa lógica nem sempre convincente, sobe o dólar – sobem os preços dos alimentos. Sobem os combustíveis – sobem os alimentos.

Aumentam as chuvas – sobe o alimento.

Tem seca – sobem os alimentos. Entretanto, quando as quedas ocorrem, o equilíbrio nos preços não ocorre.

A cesta básica pelo Dieese para São Paulo é R$ 715,65, Rio R$ 697,37, Belo Horizonte R$ 642,01. Como ração mínima para dois adultos e duas crianças que se alimentem como um adulto.

É uma cesta apenas de alimentos (proteína animal, leite, arroz, farinha, batata, legumes, pão francês, café em pó, fruta da época, açúcar, óleo ou banha e manteiga).

Nada além de víveres, em proporções mínimas de sobrevivência.

A Economia não combate a carestia com soluções milagrosas como antecipação de 13º salário ou empréstimo do próprio Fundo de Garantia. Essas ações são a alegria do sistema financeiro e limita os sonhos futuros e, especialmente, os sonhos presentes.

Mãe, mulher, a saída é um investimento em empregos de qualidade com salários decentes. Dessa forma, a Economia combate a Carestia.

Mas tudo isso está longe de ser viabilizado.

Esse é o nosso Brasil de ontem, de hoje, mas o Brasil do amanhã pode ser diferente e depende de nós.

Professor Oswaldo Augusto de Barros
Presidente da NCSTFSTCNTEECFEPAAE

Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/

Clique aqui e leia mais artigos de Oswaldo Augusto de

Conteúdo Relacionado

Privilégios parlamentares – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

A democracia requer instituições fortes e representativas. Seja um Sindicato de classe, um partido, uma associação ou mesmo uma entidade empresarial.No campo político, e...

Movimento parado – João Guilherme Vargas Netto

Enquadrado na moldura das grandes e tradicionais manifestações de massa em São Paulo, como a Marcha para Jesus e a Parada LGBT+, o movimento...

A relação entre PIB, infraestrutura e IDH – Antônio Augusto de Queiroz

Em palestra no Clube de Engenharia, por ocasião da realização da 1ª Plenária Anual do Fórum da Engenharia Nacional, realizado no Rio de Janeiro...

Parlamento antissindical – Neuriberg Dias

Às vésperas de mais um ciclo de eleições gerais, o Congresso Nacional avança com uma agenda claramente direcionada ao enfraquecimento do movimento sindical. Conduzida...

Engenharia precisa de mais mulheres – Murilo Pinheiro

Nesta segunda-feira (23), celebrou-se o Dia Internacional das Mulheres na profissão. A data é oportuna para celebrar os avanços conquistados e para refletir sobre...