Voltar às aulas, quando ainda não chegamos ao auge da pandemia, será uma decisão irresponsável, certamente induzida por motivação política e não por critérios de saúde.
Ao se planejar o retorno, os profissionais de educação devem ser ouvidos, devem participar na elaboração de protocolos de acolhimento, já que estamos na linha de frente da educação.
Não bastam critérios para a recepção de alunos nas escolas. Os seus pais e também os educadores devem ser ouvidos – e iremos ampliar o debate e até levar o caso ao Ministério Público, se a suspensão de aulas for relaxada antes que se tenha o controle do coronavírus.
Segundo os cientistas, ainda não estamos no auge da pandemia.
Portanto, não é aconselhável esta abertura irresponsável.
As educadoras, os educadores, os profissionais de educação, não estão sendo levados em consideração nem estão sendo representados nesta comissão. São os elementos principais desta relação e nesse acolhimento no retorno às aulas. Nós, profissionais da educação, também temos que participar desse acolhimento. E temos também que ter nossa opinião levada em consideração e ser respeitada.
As nossas vidas, o nosso bem estar, também estão em jogo.
Nós, na Federação dos Professores do Estado de São Paulo e seus Sindicatos integrantes, estamos empenhados em fazer com que a voz do educador e da educadora sejam ouvidas.