26.3 C
São Paulo
sábado, 7/09/2024

Sindcine apoia nova lei de cotas

Data:

Compartilhe:

A Lei 14.815/24 reinstitui até 2038 a cota obrigatória para produções de obras brasileiras de audiovisual, como filmes e séries (para a chamada cota de tela). Ela foi sancionada pelo presidente Lula dia 15. O texto estabelece que as salas, espaços e locais de exibição pública comercial ficam obrigados a exibir obras nacionais.

Com essa iniciativa, o governo ajuda a recompor uma política para o setor, conforme reivindicam as entidades de trabalhadores e também o setor empresarial, por meio das produtoras.

A Agência Sindical ouviu Sonia Santana, presidente do Sindcine (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de SP, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e DF). A dirigente comenta: “A Lei 14.815 é de extrema importância. Ela protege a produção que precisa de apoio governamental, pois não adianta produzir sem ter onde exibir. Com esse avanço legal, vai-se fortalecer e estimular o setor de forma efetiva. Todos precisam ganhar, do mais humilde trabalhador ao produtor”, afirma.

Mudou – Até momento vigorava uma Medida Provisória, de 2001, que deliberava acerca da cota de exibição para filmes brasileiros nos cinemas, por 20 anos. A vigência daquela MP durou até setembro de 2021. Em 2019, o deputado Marcelo Calero (PSD – RJ)  apresentou Projeto de Lei que restabelecia a política pública. Os critérios e os valores seriam definidos anualmente por decreto presidencial.

O setor do audiovisual considera a cota de tela um mecanismo que ajusta o segmento, que também estabelece diretrizes importantes para o acesso da sociedade às produções. Para a presidente do Sindcine, isso é normal no mundo inteiro. Sonia Santana pergunta: “Por que não poderia ser assim também aqui? Desta maneira, conseguimos criar e conquistar público.”

A nova Lei dá ao setor mais dinâmica e apoio. “Com o crescimento da afluência, distribuição, lançamentos interessantes e conquista de mais espaço, isso tudo contribuirá pra aumentar as produções”, pondera Sonia.

Expectativas – Apesar do avanço obtido e das perspectivas otimistas, ainda há um longo caminho a percorrer no setor. “Pra sermos indústria efetiva precisamos de apoio. Mas falta muito pra se consolidar essa condição. Porém, esta Lei já contribui pra encurtar o caminho”, confia a dirigente.

MAIS: www.gov.br/cultura/pt-br e Sindcine.

Conteúdo Relacionado

Sindicato convida para Seminário de Segurança e Saúde, dia 20

O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região realizará o 29º Seminário de Segurança e Saúde dos Trabalhadores. Será dia 20 de setembro (sexta),...

Ganho real tem pequena queda

Curva de aumentos reais nas negociações coletivas se manteve positiva em julho - informa o boletim “De Olho nas Negociações”, do Dieese. No mês,...

CNTA quer encontro com entidade patronal

A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CNTA Afins) e a UITA - União Internacional dos Trabalhadores - encaminharam ofício à União da Indústria...

Professores Senac Interior receberão mais 25%

Excelente notícia para os professores do Ensino Médio do Senac, Interior do Estado. Os salários dos companheiros e companheiras sobem cerca de 25%, a...

Frentistas vencem na mesa-redonda

O Sindicato dos Frentistas de Jundiaí saiu vitorioso da última Mesa-redonda com a Gerência Regional do Trabalho e Emprego. Reunião foi solicitada pela entidade,...