Em entrevista a João Franzin, da Agência Sindical, Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo – SEESP – e da Federação Nacional dos Engenheiros – FNE, traçou um panorama esperançoso sobre o Nova Indústria Brasil (NIB). O programa foi lançado pelo governo federal dia 22 de janeiro.
Na condição de dirigente de uma categoria fundamental para o desenvolvimento técnico e econômico do País, ele ressalta a importância do Nova Indústria. “Trata-se de uma notícia muito boa, que vai ao encontro de nosso projeto ‘Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento’. Se bem executado, o projeto pode reerguer o Brasil e reposicionar nosso País no mapa múndi da economia”.
Um projeto com tal dimensão e alcance requer o engajamento de inúmeros agentes políticos, técnicos, acadêmicos, estatais e do próprio mercado, explica o engenheiro Murilo, para quem “a participação da Engenharia se torna indispensável, tanto nas discussões das fases quanto na própria execução”. Murilo Pinheiro espera do NIB “impacto semelhante ou maior do que o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento”.
Execução – Para o líder classista, “após lançado, o Nova Brasil precisa ser executado e é aí que entram os engenheiros”. Afirma o dirigente: “Temos que discutir como será feito. Quando reivindicamos integrar as discussões e o Conselhão é pra discutir as prioridades, onde situar nosso trabalho e como contribuir no processo todo.”
Contribuição – O governo precisa estar aberto à contribuição da Engenharia nacional. “Fazemos parte de tudo. Inclusive, vamos organizar um ‘Cresce Brasil Cidades’, que focará as cidades inteligentes, tema forte na atualidade.” Há outras questões centrais. Diz Murilo: “Temos que discutir energia sustentável, meio ambiente, as drenagens urbanas. Também integramos esse contexto, que por sua vez está lá no Nova Indústria”
Resultados – Como o NIB tem prazo (2033), precisa produzir resultados. Para Murilo Pinheiro, “cinco anos é um bom prazo, mas preferia que fosse antes, proporcionando melhorias à população, qualidade de vida e oportunidades de trabalho.”
Para o presidente do Sindicato e da FNE, o planejamento será decisivo. Ele diz: “Há dinheiro e vontade política. Portanto, com planejamento, tudo pode se concretizar.”