O professorado da Rede Básica privada firmou acordo coletivo com ganhos salariais e vários aumentos nos benefícios. Só em SP, há 35 mil professoras e professores. Data-base é 1º de março.
O acordo também abrange amplas regiões do Estado. A campanha é coordenada pela Federação, Fepesp, com 25 Sindicatos integrantes. Alguns deles também representam os Auxiliares de Administração Escolar.
Economia – Principais avanços são econômicos. O reajuste é de 5% (média do INPC e FIPE, de 3,44%, mais 1,56% de real). O Piso da Educação Infantil foi unificado com o Fundamental I, representando ganho de 17,4%. O vale-alimentação obteve 23%. A cesta básica, antes de 12 ou 24 quilos, subiu pra 30 quilos – ganho de até 150%. Outro avanço: o abono ou PLR será de 18% sobre o salário nominal.
Assembleias – O acordo foi debatido em todas as bases e “aprovado por ampla maioria”, ressalta Celso Napolitano, presidente do Sinpro-SP e da Federação. Sobre a campanha, ele afirma: “Conseguimos conversar com muitas professoras e professores, em mais de 100 visitas a escolas e nas reuniões semanais de mobilização. O saldo é de ganhos financeiros efetivos, além de novas barreiras contra o excesso de trabalho”.
CCT – A Convenção Coletiva de Trabalho trará ajustes nas cláusulas relativas a atraso no pagamento do 13º e início das férias coletivas. Para Celso Napolitano, “a Convenção é nosso grande patrimônio e precisa ser cotidianamente fiscalizada”. O professor adianta: “Após assinar a Convenção, começaremos a discutir com a categoria questões de condições de trabalho, que deverão pautar 2025”.
Sistema S – Acordos do Sesi/Senai e Senac, aprovados em assembleias, serão assinados em breve. Também com ganhos.
Superior – A Fepesp vê intransigência patronal. Na mesa de negociações, as mantenedoras fincam pé e se negam a discutir um pacote econômico e de remuneração ao professorado, já que todas as demais cláusulas estão garantidas até 2025. O presidente Napolitano avisa: “A temperatura vai subir nas instituições de ensino superior”.