Após greve de jornalistas, encerrada quarta (18), prossegue a negociação de pauta encaminhada à Editora Três, na Lapa, São Paulo. Movimento, iniciado na segunda foi coordenado pelo Sindicato da categoria. Principal objetivo, receber salários atrasados.
A Editora Três, que publica as revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural e Motor Show, apresenta histórico de descumprimento de acordos e direitos trabalhistas. Desde fevereiro os trabalhadores buscam resolver pendências, por meio de propostas para quitação de dívidas e também via acordo, que o patronal descumpre.
Pendências – Dentre os pagamentos pendentes estão duas das cinco parcelas de acordo coletivo entre o Sindicato dos Jornalistas e a Editora Três, em julho, bem como o depósito da metade do 13° do ano passado.
O acúmulo de dívidas, somado ao atraso no pagamento salarial de agosto, levou os jornalistas a realizar assembleia segunda (16), quando decidiram a paralisação das atividades até o recebimento dos salários.
Greve – O presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado de SP, Thiago Tanji, comenta: “Os trabalhadores decidiram pela paralisação até o pagamento dos salários. Foi uma luta muito importante porque uniu na greve os jornalistas e designers da editora. Paralisação só foi suspensa mediante pagamento dos atrasados”.
Vitória na greve não significa fim dos problemas locais. Resta à Editora quitar as parcelas do 13° e do acordo coletivo. Assembleia segue permanente até a quitação das dívidas. “Outro problema é que parte da redação está ‘pejotizada’. O profissional só recebe mediante nota fiscal de Pessoa Jurídica. O Sindicato pleiteia registro em Carteira. Esse tipo de prática precariza demais a condição dos jornalistas”, afirma o presidente.
MAIS – Acesse o site do Sindicato dos Jornalistas no Estado de SP