Vivemos um momento de muita reflexão, com o isolamento total ou parcial em razão da Pandemia Covid-19. Longe de amigos e parentes, sem festejos ou bate-papos informais, sobra tempo para uma conversa com nós mesmos.
Muito se fala dos problemas acarretados por essa guerra silenciosa, desde a facilidade de contaminação, a inexistência de um tratamento eficaz; da saturação dos leitos de UTI ao grande número de recuperados; da apreensão pela doença em um parente ou amigo até as mais de 105 mil mortes registradas até o momento.
Não sendo contabilizadas, neste números, as mortes causadas indiretamente pelo COVID-19, em razão por exemplo de depressão.
Economia estagnada, falta de apoio digno às micro e pequenas empresas e um desemprego assustador. Nada sinaliza uma vacina eficaz e sua demora vivencia novas ondas de contaminação onde se imaginava que tudo havia acabado.
É uma nova era? Esse tempo de tanta tragédia nos fez refletir? Se tantos se recuperam, porque perdemos tantas vidas? O recomeço é agora? Em quem podemos confiar para os próximos passos?
São inúmeras as indagações. Mas, basta uma pequena estabilidade no número de morte ou contaminados para os bares, mercados, feiras, shoppings se enchem de pessoas sequiosas de reencontrar a liberdade.
Pouco se debate sobre as crianças e os adolescentes. Muitas das vezes sendo tratados como empecilho para a retomada das atividades laborais de seus pais. A escola seria a solução, teriam a certeza de que estariam “guardados” em local apropriado.
Ledo engano. Se o adulto quer conversar, abraçar, rir ou só passar o tempo, imaginem os pequenos. Eles sofrem menos “ataque mortais”, mas são vetores de contaminação familiar.
Cuidados como distanciamento na sala não será vigiado no pátio. Contato físico nem se fala e quando chegarem em casa nos trarão um triste presente.
Será que vale a pena arriscar? É o momento de optar entre a vida e a economia?. Colocar nossos filhos em risco não me parece ser a melhor ideia, vale a pena ponderar com a consciência.
A sanidade faz bem à razão.