Terça (30), a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná realizou Audiência Pública pra debater alterações na Norma Regulamentadora-NR 36, que trata da segurança de trabalho e saúde aos empregados em frigoríficos. O encontro foi comandado pelo deputado Arilson Chiorato (PT) e teve participação de entidades sindicais e representantes do setor patronal.
Segundo Artur Bueno de Camargo, que preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação e Afins (CNTA Afins), a audiência foi ótima. “Os representantes do setor de frigoríficos reclamaram que estavam em minoria. Nós conseguimos mostrar nossa posição de que não podemos afrouxar as regras e tivemos o apoio do procurador do trabalho, Leomar Daroncho, e do juiz do Trabalho, Paulo da Cunha Boal”, afirma Artur.
O dirigente explica que o discurso das empresas e do governo é de que as regras estabelecidas na NR 36 precisam ser harmonizadas. “Eles dizem que não querem precarizar a Norma. Mas o passado dos envolvidos os condena. No passado, tínhamos o mesmo discurso na reforma trabalhista, que iria gerar empregos e não iria retirar direitos. Estabelecida a reforma, direitos foram tirados e não gerou nenhum emprego”, conta o presidente da CNTA.
Prorrogação – Para Artur Bueno de Camargo, se os trabalhadores conseguirem prorrogar as discussões acerca da flexibilização da NR 36, será melhor. “Ano que vem é eleitoral. Se conseguirmos empurrar isso pra frente, acredito que não teremos alterações. Mas precisamos ficar atentos a isso”, avalia.
Próximos – O sindicalista informa que outras audiências públicas deverão ocorrer. No dia 10, haverá discussão do tema promovido pela Assembleia Legislativa de Goiás. Além disso, as entidades sindicais irão intensificar a mobilização para que não haja retrocesso nas regras da Norma.
“Nesta quinta (2), iremos relançar o filme Carne e Osso, através de uma live nas páginas da CNTA Afins, Contac-CUT e UITA. Será às 19 horas. Esse filme retrata bem como é o ambiente de trabalho em um frigorífico. É importante que as pessoas assistam e entendam porque não podemos afrouxar a NR 36”, enfatiza.
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