BRF anuncia investimento milionário, mas não valoriza trabalhador
O jornal Correio Braziliense, dia 4, trouxe informação de que os aportes do grupo BRF na economia de Goiás correspondem a quase 80% dos novos investimentos no Estado. Agora, a empresa vai alocar R$ 233 milhões para modernizar e ampliar os frigoríficos de Rio Verde, Jataí, Buriti Alegre e Mineiros.
Esperamos que o investimento possa gerar mais empregos com qualidade, proporcionando a todos os trabalhadores segurança e saúde. Que isso ocorra especialmente neste momento de pandemia, durante o qual, numa demonstração de heroísmo, os trabalhadores não deixaram de produzir um dia sequer.
É importante ressaltar que, muito embora o grupo BRF demonstre disposição de diálogo com as representações dos trabalhadores, em termos de valorização de sua mão de obra a empresa não difere das demais do segmento. Sua postura, nesse sentido, está longe de ser satisfatória.
O exemplo são as negociações coletivas de trabalho que estão ocorrendo, nas quais há risco de graves perdas salariais. É uma clara demonstração da BRF de que o investimento no trabalhador não é prioridade. O grupo se recusa a aplicar a simples correção da inflação no salário, referente aos últimos doze meses.
Para a representação dos trabalhadores, fica claro que uma empresa que está lucrando, modernizando e ampliando – mas nega a reposição da inflação – é uma empregadora que não está valorizando seus trabalhadores. Muito pelo contrário.
A inflação acumulada dos últimos 12 meses representa a defasagem do poder aquisitivo dos empregados. Deveríamos estar discutindo é aumento real de salário, sendo a reposição da inflação um princípio automático.
Saudações sindicais.
Site – www.cntaafins.org.br
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