As Centrais Sindicais protestaram na terça (18) em frente ao Banco Central, em SP, reivindicando a continuidade da queda nas taxas de juros – Selic, atualmente em 10,5%.
O presidente Lula também volta a reclamar da Selic alta, como mostra a manchete de O Globo quarta, dia 19.
Segmentos de esquerda e outros alinhados ao setor produtivo reforçam a carga contra Roberto Campos Neto, presidente do Banco, acusado de beneficiar o rentismo com os juros altos.
NOTA DAS CENTRAIS
Por juros baixos para o desenvolvimento com justiça social
A manutenção da taxa de juros em 10,5%, o segundo maior juro real do mundo, é um entrave para o setor produtivo, a geração de empregos e o consumo, verdadeiro motor da economia.
A alta taxa só beneficia a especulação e o rentismo. Ela restringe o potencial de crescimento do País e diminui a capacidade de investimentos em serviços públicos essenciais, como Educação, Saúde e Infraestrutura, pois obriga o governo a pagar mais juros pela dívida pública.
Como resultado, milhares de obras estão paradas e metade da população em condições de trabalhar vive na informalidade, sem direitos e sem aposentadoria. Enquanto isso, os banqueiros lucraram R$ 26 bilhões só no último trimestre.
Baixar os juros é fundamental para a retomada do crescimento sustentável, com inclusão do povo trabalhador na economia para além da mera subsistência.
A taxa de juros mais baixa proporciona crédito mais acessível para pessoas e empresas; incentiva o consumo; previne a inadimplência e incrementa investimentos em pequenas e médias empresas, entre outros benefícios.
Mas o presidente do Banco Central, Campos Neto, herança de Bolsonaro, insiste em manter a taxa de juros alta. Ele não pensa no povo, só nos lucros da especulação financeira.
Por isso, nós, trabalhadores, nos mobilizamos e vamos às ruas para pedir em uma só voz: Juros baixos para o Brasil crescer!
MAIS – Sites da CSB, CTB, Nova Central, Força Sindical, CUT, UGT, Intersindical e Pública.