As Centrais Sindicais emitiram Nota nesta sexta (1º) a fim de reafirmar a necessidade de unificar os atos contra o presidente Jair Bolsonaro. Segundo as entidades, é preciso ampliar os atos para outros campos do espectro político, a fim de lutar pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.
“Além de milhares de trabalhadores, estudantes, ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político”, afirma o documento das Centrais.
Os sindicalistas explicam que a diversidade nestes atos mostra o quão urgente é impedir que Bolsonaro siga com o seu governo. “É preciso ir além do nosso campo”, destacam.
Ainda no documento, as Centrais Sindicais indicam que o povo já tomou sua decisão de pedir o impeachment de Jair Bolsonaro e que, agora, para que isso seja concretizado, é preciso que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), dê andamento a um dos diversos protocolos.
LEIA – Abaixo a Nota na íntegra.
Centrais apoiam ampliação dos atos para outros campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso unidade entre diferentes neste momento grave
As Centrais Sindicais têm participado de todas as manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.
Além de milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político – todos unidos pelo Fora Bolsonaro.
As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da diversidade de atores nas ruas pois entendem que nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro continue o seu desgoverno criminoso. Um governo responsável por grande parte das quase 600 mil mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela devastação ambiental, pela volta da inflação e da carestia. E que ameaça diariamente a nossa democracia e as nossas instituições, apesar de falsos recuos momentâneos e estratégicos que não enganam mais ninguém.
Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.
O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade. Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará sendo cúmplice dos inúmeros crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra o povo brasileiro.
Brasil, 30 de setembro de 2021
Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros