Semana passada, ganhou destaque pesquisa do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) indicando que a bancada conservadora cresceria no Congresso Nacional.
Em entrevista à imprensa, Neuriberg Dias, diretor de Documentação da entidade, lembrava que a pesquisa, há 32 anos, gira em torno de 90% de acerto – em 2018, a onda conservadora elevou essa margem para quase 20%.
Em entrevista à Agência Sindical, ele diz: “O crescimento do PL (Partido Liberal) ultrapassou um pouco nossa projeção. Teve aumento do conservadorismo numa ponta e, no nosso campo, redução muito grande da bancada sindical” – Paulinho da Força, Vicentinho e outros não se reelegeram.
As candidaturas conservadoras, observa Neuriberg, contaram com forte apoio econômico, sob a orientação bolsonarista de crescer no Congresso, “principalmente no Senado, o que deu certo”.
TONINHO – A Agência também ouviu o consultor político (ex-diretor do Diap), Antônio Augusto de Queiroz – Toninho. Em sua avaliação, o comportamento do Congresso com Lula será um e com Bolsonaro reeleito será outro.
“Bolsonaro, fatalmente, fortalecerá a pauta conservadora e jogará o Parlamento pra direita. Já Lula tentará trazer o Congresso para o Centro”, explica.
TEBET – Sobre eventual liderança política de Simone Tebet (terceira colocada na eleição presidencial), Toninho acredita que dependerá mais “do apoio das lideranças do MDB e, uma vez Lula eleito, de como será o relacionamento do PT com o partido da senadora”.
FORÇA – Toninho destaca a força eleitoral de Bolsonaro quanto a seus candidatos. Ele diz: “Onde teve ação direta do Presidente quase todos se elegeram, como o vereador e influencer Nikolas Ferreira, com quase 1,5 milhão de votos, arrastando quase 10 candidatos do PL com ele”.
MAIS – Diap; Queiroz Assessoria Parlamentar