Apesar das crises, que vão das questões político-institucionais às humanitárias, o País precisa fazer frente ao desafio de voltar a crescer e gerar empregos. O tema está na pauta da engenharia nacional, que lança nova edição do projeto “Cresce Brasil” em 6 de março.
O ditado segundo o qual “o Brasil não é para amadores” nunca foi tão apropriado. O País iniciou o ano sob turbulência político-institucional, que vem demandando recursos e providências da Justiça e autoridades policiais e sendo motivo de apreensão para a sociedade, e se depara com uma verdadeira urgência humanitária que atinge o povo Yanomami, flagelo que não pode ser ignorado.
Apesar desse quadro preocupante e repleto de incertezas, é urgente superar também a crise econômica que abrange baixo crescimento, inflação ainda longe do ideal, desemprego alto e, como consequência, grande parcela dos cidadãos atravessando imensas dificuldades, incluindo a fome. Para isso, há que se colocar em marcha um projeto de retomada do desenvolvimento, com metas emergenciais e planos de médio e longo prazo.
Trata-se de implementar ações que movimentem a economia e gerem empregos rapidamente, como, por exemplo, dar andamento às obras públicas paralisadas. Esse esforço geraria postos diretos e indiretos, beneficiando a cadeia da construção. Além disso, a produção de unidades habitacionais e a entrega de equipamentos públicos trariam melhorias significativas às condições de vida da população.
Obviamente, também é preciso que haja ações planejadas de incentivo ao setor produtivo nacional, com ênfase à recuperação da indústria, ampliação da sustentabilidade e do valor agregado na agropecuária e avanços em pesquisa e desenvolvimento. Desenhar esse arcabouço com competência, unindo governo, empresas e academia, a chamada hélice tríplice, é absolutamente essencial para se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Seguramente, faz parte dessa estratégia o correto aproveitamento da matriz energética brasileira majoritariamente renovável, o que precisa ser valorizado e aprimorado, já que o País tem todas as condições de liderar globalmente a transição às fontes limpas e obter ganhos em tecnologia e econômicos nesse processo.
Presentes na mais recente edição do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, intitulada “Hora de avançar”, tais questões vêm sendo tratadas pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com as autoridades nacionais. O documento já foi entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao vice Geraldo Alckmin, que acumula a fundamental pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, e também aos ministros Paulo Teixeira e Márcio França.
Oportunidade para um debate mais abrangente sobre as propostas da engenharia para a retomada do desenvolvimento será o seminário que marca o lançamento oficial da publicação, que acontecerá em São Paulo, em 6 de março próximo. O evento tem participação confirmada de Alckmin e diversas outras autoridades, além dos consultores que colaboraram com esta etapa do “Cresce Brasil”.
O objetivo da FNE e seus sindicatos filiados é contribuir para fortalecer o debate sobre a superação da crise e a construção de um futuro próspero aos brasileiros.
Eng. Murilo Pinheiro – Presidente
Clique aqui e leia mais artigos de Murilo Pinheiro.
Acesse – www.seesp.org.br