O ministro da Economia, Paulo Guedes, não quer prorrogar o pagamento do Auxílio Emergencial. O último pagamento do benefício termina nesta quarta, 27, e pesquisa do Datafolha revela que sete em cada 10 brasileiros não encontram outra fonte de renda. Diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior aponta que a pobreza no Brasil deve crescer rapidamente.
De acordo com Fausto, o benefício deu garantia mínima de condições de subsistência para parte da população. Vale lembrar que o Auxílio teve papel fundamental para o sustento de trabalhadores que tiveram sua renda comprometida na pandemia da Covid-19.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor-técnico do Dieese explica que Paulo Guedes e sua equipe têm visão limitada sobre a importância social do Emergencial. Ele avalia que o ministro enxerga como gasto, sem entender o significado desse dinheiro na economia. “O Brasil não teve queda econômica maior porque o Auxílio garantiu fluxo de renda”, diz.
Datafolha – Pesquisa aponta que, entre os beneficiados pelo programa que receberam alguma parcela, 51% afirmou ter perda de renda desde dezembro. Agora são 58%.
Centrais – O pagamento do Auxílio Emergencial foi uma conquista das Centrais Sindicais, que reivindicaram junto ao Congresso. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) queria pagar primeiro R$ 100,00 e depois R$ 200,00. Só depois da luta sindical é que o valor foi fechado em R$ 600,00 até sofrer corte e terminar suas últimas parcelas em R$ 300,00.
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