A live da Agência Sindical da quinta (21) foi com José Pereira dos Santos. Ele preside o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, é secretário nacional de Formação da Força Sindical e também representa a Central na cota sindical junto ao Conselho do Senai. O tema foi “Ação sindical metalúrgica na pandemia”.
Principais trechos:
- Negociação
“A crise impõe a negociação permanente. Temos feito acordos em nossa base com todas as empresas dispostas a negociar. O objetivo principal é sempre preservar os empregos. Mas nem todo empresário mostra disposição de diálogo.” - Bolsonarismo
“Certos patrões seguem na linha do Bolsonaro, que é atacar direitos e precarizar as relações capital-trabalho. Considero um erro grave, porque o País enfrenta uma forte recessão, uma grave crise política e uma pandemia devastadora.” - Recuperação
“Temos que vencer esse cenário e pensar em recuperação. Mas, pra que a recuperação ocorra, capital e trabalho precisam ser parceiros e o Estado tem que cumprir seu papel, com apoio aos desempregados, crédito para as empresas e socorro às micro e pequenas. Se não, a quebradeira será muito grande.” - Governo
“Não vi uma ação única construtiva desse governo. A agressividade e intolerância de Jair Bolsonaro só aprofundarão a crise. Sua incompetência agrava os sofrimentos pela pandemia. Sua ineficiência administrativa provoca desemprego e quebra pequenas empresas. A empresa que fechar não vai reabrir mais.” - Emprego
“O desemprego é em massa. Isso vai piorar de forma dramática a vida das famílias. Sem poder de compra dos trabalhadores, parte da economia trava. Precisamos não só garantir os atuais, como também pensar em gerar novos empregos. O Estado tem que investir.” - Elite
“Nunca vi a classe dominante trazer soluções. Nas crises que já vivenciei, o que vi foi o movimento sindical apresentar propostas para os governos e ao próprio empresariado. O alinhamento desses empresários a esse tipo de governo que temos aí mostra de que lado está a nossa elite, infelizmente.” - Qualificação
“Os que são demitidos agora vão procurar emprego logo mais. Não haverá mais esses empregos, até porque as novas tecnologias mudam o mercado de trabalho. Temos que requalificar esses trabalhadores, pra que tenham chance de voltar ao mercado.” - Renúncia
“Bolsonaro não dá mais. Não estou aqui tomando partido de A ou B. Só digo que ele já demonstrou não ter as mínimas condições pra governar o Brasil. Parece que ele só pensa em agredir e destruir. O mais certo seria que renunciasse.” - Abono
“Minha proposta é que o Abono Emergencial seja pago até o mês de dezembro. Não que R$ 600,00 seja muito. Mas ajuda a família. Os pobres vão poder comprar comida, se nutrir e enfrentar melhor essa e outras doenças. Aliás esse Abono de R$ 600,00 só saiu porque o sindicalismo propôs, cobrou e pressionou.”
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