Sindicalistas da Educação se reuniram terça (7) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Eles pleiteiam a revogação da Lei 13.415/2017, chamada de reforma do Ensino Médio.
Educadores apontam fragilidades do “Novo Ensino Médio”, entre as quais diminuição da carga horária de disciplinas básicas, como Filosofia e Sociologia, e o fato de professores trabalharem em disciplinas sem formação adequada para a matéria.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), Heleno Araújo, trata-se de uma política fora da realidade. “Após a revogação, é possível encontrar alternativa, fazendo-se a discussão com a comunidade escolar”, afirma.
Carta Aberta – Mais de 300 entidades assinam Carta Aberta. O documento pede a revogação da Lei do Ensino Médio, aprovada durante o governo Temer. A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fespesp) também é signatária.
Para o professor Celso Napolitano, presidente da Fepesp e do SinproSP (Sindicato dos Professores de São Paulo), o novo modelo precariza e esvazia o aprendizado, pois, ao escolher um itinerário de aprofundamento curricular, todos os outros deixados para trás. Ele argumenta: “Além disso, os estudantes têm possibilidades de escolha limitadas”.
O Censo Escolar 2020 (Inep) mostra que 334 dos 645 Municípios paulistas possuem só uma escola pública de Ensino Médio. Os estudantes locais não têm qualquer opção, a não ser aceitar os itinerários oferecidos.
Agenda – Na próxima semana, os sindicalistas se reunirão com o ministro da Educação, Camilo Santana, em Brasília, a quem levarão suas demandas.