A Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) repudia veementemente o ataque covarde sofrido por um trabalhador da categoria no Estado do Paraná, na madrugada da última segunda-feira (25).
O companheiro Mercidieu, de 40 anos, é haitiano e trabalha como frentista no Posto Concha de Ouro, localizado em Santa Felicidade, Grande Curitiba (PR).
O FATO – Dois jovens, brancos, caminham até o trabalhador, que estava sentado e tranquilo, o provocam e agridem com uma cabeçada. Depois, fogem de moto.
Segundo o depoimento da vítima, os suspeitos teriam acelerado uma moto, e ficado irritados quando ele pediu para que parassem. Não bastasse a agressão física, Mercidieu também foi vítima de racismo e xenofobia.
É lamentável que, em pleno Século 21, ainda seja necessário relatar atos desumanos, que envergonham a sociedade. A Fenepospetro expressa sua solidariedade ao companheiro e a todos os trabalhadores da categoria em Curitiba.
Imigrantes – Vale lembrar que o Estado do Paraná foi construído, em boa parte, pelos braços de imigrantes estrangeiros e de migrantes brasileiros. Os haitianos que chegam ao Brasil o fazem por força do flagelo econômico dos terremotos que assolam aquele país.
Portanto, alerta o presidente da Fenepospetro, Eusébio Luis Pinto Neto, “não tem cabimento qualquer gesto o sentimento de xenofobia”. E mais: “Racismo é crime inafiançável e seria bom para os paranaenses e brasileiros, em geral, que os agressores fossem devidamente recolhidos, pagando pelo crime racista e pelas agressões contra um trabalhador indefeso”.
O Paraná, e especialmente Curitiba, tem vivenciado lamentáveis episódios de agressão contra trabalhadores em postos de combustíveis.
MAIS – Site da Fenepospetro e do Sinpospetro Curitiba.