Nossa Federação (FNE) comemora longa trajetória de atuação em defesa da engenharia e dos seus profissionais pronta a enfrentar os gigantescos desafios do cenário atual.
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) completa 58 anos de vida nesta sexta-feira (25/2), o que é motivo de comemoração para todos nós que militamos nesta importante instituição e para o conjunto dos profissionais do Brasil. Congregando 18 sindicatos estaduais e representando cerca de 500 mil trabalhadores, a entidade é força fundamental na luta em defesa da categoria e do desenvolvimento nacional.
Importante notar que essas duas agendas essenciais da FNE estão no centro de qualquer projeto consequente de recuperação do País, hoje em profunda crise socioeconômica e sanitária, tendo em vista que infelizmente ainda não temos a pandemia do novo coronavírus sob controle.
Um ponto essencial colocado na pauta do País é a luta pela valorização do trabalho e pelo fortalecimento do movimento sindical como agente essencial ao funcionamento da democracia e garantidor de equilíbrio nas relações capital-trabalho.
Estão mais que demonstrados os efeitos nefastos da reforma trazida pela Lei 13.467/2017. e é essencial reavaliar as mudanças que, em vez da geração de empregos prometida, trouxeram precarização e mais pobreza, com a retirada de direitos, colocação de obstáculos para se recorrer à Justiça e tentativa de minar a atuação das entidades que representam os empregados.
Uma trincheira dessa batalha será buscar o compromisso dos candidatos ao governo e ao Congresso quanto à importância da proteção social para conter a barbárie. Momento fundamental para equacionar reivindicação nesse sentido será a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), marcada para 7 de abril próximo e que contará com a participação da FNE.
Outra questão central é retomar o desenvolvimento nacional urgentemente, com protagonismo da área tecnológica e seus profissionais. Apesar de todas as imensas dificuldades enfrentadas, temos condições de voltar a crescer e recuperar os prejuízos que se avolumam.
Mas para isso é preciso um programa que tenha essa meta. Passo essencial nesse caminho é rever a política fiscal inexequível do teto de gastos, instituído pela Emenda Constitucional 95. O Estado deve lançar mão dos seus instrumentos para assegurar bem-estar social e investimentos que reativem as inversões da iniciativa privada. Sem essa liderança pública, será muito difícil que haja expansão suficiente do Produto Interno Bruto (PIB) para propiciar prosperidade às empresas e às famílias.
Como ação imediata, a FNE, por meio do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, segue defendendo a retomada das milhares de obras públicas paralisadas. A medida, além de gerar rapidamente empregos diretos e indiretos, teria o efeito mais que desejável de aliviar o gargalo de infraestrutura social, urbana e de produção que segue travando planos mais efetivos de desenvolvimento.
Assim, a comemoração desses 58 anos se dá unindo a reverência a uma história admirável em defesa dos engenheiros à disposição de contribuir para o enfrentamento dos desafios do presente e do futuro.
Vida longa à FNE!
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