Curva de aumentos reais nas negociações coletivas se manteve positiva em julho – informa o boletim “De Olho nas Negociações”, do Dieese. No mês, 85,3% das negociações fecharam com acordos acima da inflação. Ganho igual ao INPC, 7,4%. Outros 7,4% ficaram abaixo do INPC.
Luís Ribeiro, responsável pela pesquisa, falou à Agência Sindical. Para o técnico, a tendência segue um padrão, e ele é positivo. “Observamos mais estabilidade do que variações. Tem muito a ver com o resultado da economia. Os dados reforçam que o País está indo bem”, comenta.
Redução – Ganhos acima da inflação foram menores comparados a junho. Para Ribeiro isso tem ligação com as características das negociações. “A inflação também pode influenciar, ainda que esteja sob controle. Observamos que está em curva pra cima, embora dentro da margem prevista”, explica.
Nosso PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre. Consumo das famílias aumentou 1,3%. Os dados estão conectados. Ribeiro ressalta: “Segundo economistas, crescimento do PIB foi puxado pelo consumo das famílias. Os dados de reajuste, que são positivos desde dezembro, podem ter influenciado esse desempenho. Expectativa é que continue nos próximos meses”.
Setores – Na indústria, 87,8% dos acordos superaram a inflação. Nos Serviços, resultados parecidos, com 86,7% acima. Luís Ribeiro diz: “O saldo positivo ocorre em todos os setores. Comércio ficou um pouco abaixo (76,4%), com mais reajustes inferiores à inflação. Esses resultados já eram esperados”.
Futuro – Para os próximos meses, expectativa é que o quadro melhore ou se mantenha. “Período terá negociações mais fortes, entre setembro e novembro. Pode até haver melhora nos resultados”, projeta o técnico do Dieese.
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