Em plena pandemia da Covid-19, o grupo Heineken pretende jogar as contas da crise econômica nas costas dos trabalhadores. Além de anunciar a demissão de mais de 8 mil pessoas em todo o mundo, a empresa tem promovido duros ataques contra direitos trabalhistas dos seus funcionários.
A empresa tenta alterar direitos adquiridos como Plano de Saúde e Odontológico, aumentando a contribuição do empregado. A fábrica também tenta suspender o pagamento do vale alimentação dos trabalhadores afastados. O grupo atua em 70 países e emprega mais de 85 mil trabalhadores no mundo. No Brasil, é responsável por mais de 13 mil empregos direitos.
Segundo Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação), todas essas medidas foram tomadas sem dialogar com entidades sindicais.
Por isso, a CNTA está mobilizada numa ação conjunta com a Contac-CUT, a UITA e os Sindicatos filiados, a fim de combater os abusos da Heineken. Além de realizar desde o início do mês diversas mobilizações, as entidades já solicitaram audiência no Ministério Público Federal a fim de denunciar a situação.
Artur conta que as entidades brasileiras devem se unificar à luta com Sindicatos de outros países para evitar as demissões. “Nosso objetivo é frear as tentativas da multinacional holandesa, neste avanço sanguinário. Mas a luta não para. Enquanto a gigante não ceder, vamos continuar mobilizados”, afirma.
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