Inimigo da vida – Chiquinho Pereira

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Brasil contou oficialmente 500.022 mil mortes
Chiquinho Pereira é presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, da FEBRAPAN e Secretário de Organização, Formação e Políticas Sindicais da UGT

No sábado, 19 de junho de 2021, às 14h15, o Brasil contou oficialmente 500.022 mil mortes. Ocupamos o segundo triste lugar no mundo e o que vemos é uma frieza e um desrespeito total no governo federal.

Tudo o que os especialistas e infectologistas defendem contra o coronavírus (uso de máscara, higiene das mãos, isolamento social, testagem massiva da população e campanhas de conscientização) é combatido com o comportamento negacionista de muitos brasileiros. Comportamento e atitudes essas que no mínimo são um desrespeito ao próximo e uma negligência do direito à vida.

Usar cargos de extrema importância e os meios de comunicação oficiais como estratégia para mascarar a verdade, criar fatos (fake news), confundir a população e propagar a intolerância e o ódio entre as pessoas é um crime.

Até quando vamos enterrar nosso povo e vender medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid? Até quando vamos apoiar um governo que minimiza a grave crise que enfrentamos em todos os setores do nosso país? Muitos estão marchando para a construção de uma nação mentirosa, preconceituosa, intolerante, genocida.

O anúncio de 500.022 mil mortes, mais de meio milhão de pessoas que deixaram seus familiares, não pode ser esquecido. Este deveria ser um tempo de grande responsabilidade, solidariedade e sofrimento para todos nós. No entanto, o que vemos no nosso cotidiano são pronunciamentos e atitudes que negam a realidade dos fatos, dos números, da ciência e da vida.

Conter a disseminação do coronavírus é uma responsabilidade que não podemos ignorar. Conter os discursos inflados de fake news e rancor, que são uma grave ameaça à soberania do nosso País, é um dever de todos aqueles que têm poder de comando e liderança.

A nossa solidariedade e respeito a todos que perderam com essa crise.

Continuamos na luta por vacina no braço e comida no prato.

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