Os mais de 48 mil integrantes da categoria metalúrgica, de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel, estão focados num objetivo. Esse objetivo é realizar uma campanha salarial forte, com aumento real nos Pisos e Salários.
Nossa data-base é 1º de novembro. A categoria reúne 700 mil trabalhadores no Estado de São Paulo. A campanha salarial é coordenada pela nossa Federação.
Quando Trump baixou o tarifaço, havia o temor de que isso afetaria a atividade industrial brasileira, reduzisse as importações, gerando também desemprego.
Passado o impacto inicial, aquela previsão não se concretizou. Nosso governo foi hábil, abrindo novos mercados às nossas exportações ao Japão, México, Argentina, Vietnã, entre outros.
Para o bem da economia nacional, e o bolso da classe trabalhadora, a inflação está sob controle, inclusive com viés de baixa.
Neste momento, a prioridade da diretoria Metalúrgicos em Ação é a campanha salarial. Nem por isso, porém, deixamos de buscar mais acordos por pagamento de PLR nas empresas, de organizar nossa base e de aumentar a sindicalização.
Sempre digo que o Sindicato mobiliza para uma boa campanha salarial. Porém, o trabalhador é quem dá a última palavra sobre o que fazer na campanha salarial.
Sendo assim, aviso, desde já, que no dia 31 deste mês, haverá assembleia geral em nossa sede, para que toda a categoria possa examinar eventuais propostas de grupos patronais e decidir.
Esperamos todos no Sindicato, para exame das propostas e dos rumos a serem tomados dentro da campanha salarial. Compareça e convide seus companheiros de trabalho.
Herzog – O 25 de Outubro é uma data triste para a democracia. Naquele dia, há exatos 50 anos, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado e assassinado pela ditadura, nas dependências do Doi-Codi, em São Paulo.
Na noite da mesma data, haverá um grande ato ecumênico na Catedral da Sé, Centro de São Paulo, para a celebração dos 50 anos do sacrifício de Vlado e também a fim de reafirmar os sagrados valores da liberdade e da democracia.
É preciso relembrar os chamados anos de chumbo da ditadura e dizer à nossa juventude atual que a luta por liberdade nos custou muita dor e sacrifícios.
Clarice – A propósito daquele tempo de perseguições e terror, o poeta Aldir Blanc escreveu a letra de “O bêbado e a equilibrista”, canção eternizada na voz de Elis Regina. Dizia: “Chora a nossa Pátria, mãe gentil/Choram Marias e Clarices/No solo do Brasil”. Clarice, então esposa de Vlado, estará presente no ato ecumênico da Sé.
Quem puder ir ao ato deve comparecer.
Quem puder vir à nossa assembleia de campanha salarial, dia 31, não deve faltar. A luta trabalhista é uma forma de exaltar a democracia e de agradecer àqueles que não tiveram medo de levantar a voz.
Josinaldo José de Barros (Cabeça). Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.
