Duas semanas após assembleia dos Engenheiros no Estado de SP rejeitar por ampla maioria o Plano de Carreira e Remuneração do Metrô, a empresa segue irredutível. Não houve contato com o Sindicato da categoria (Seesp) para atender às demandas dos trabalhadores.
Nestor Tupinambá, diretor do Seesp, vê intransigência nessa postura. “O Metrô se recusa a abrir diálogo com o Sindicato e se nega a oferecer melhorias no Plano de Carreira. Nossa categoria presta um serviço essencial à população e merece respeito”, cobra o sindicalista.
Plano – O PCR foi rejeitado pelos Engenheiros em assembleia, dia 11 de junho. Plano é malvisto pelos trabalhadores. Entre seus problemas estão alteração do nome de cargos, falta de detalhamento das atribuições, falta de clareza sobre os critérios de promoção e possibilidade de realização de outras funções durante greves. “Não se trata de um plano de desenvolvimento de carreira, mas sim de um plano para preparar uma completa privatização da empresa”, resume o sindicalista.
Assédio – Nas últimas semanas o Metrô vem entrando em contato com os trabalhadores individualmente – através de e-mails, Whatsapp e até pessoalmente – para buscar adesões ao PCR. O Seesp alerta que isso pode caracterizar assédio moral.
Trabalhador que se sentir assediado deve detalhar a situação através de formulário no site do Sindicato ou ligar para (11) 3113.2600. Com essas informações, o Jurídico do Seesp tomará as providências cabíveis e acionará as autoridades competentes.
Metroviários – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo rejeitou em assembleia o Plano de Carreira e Remuneração oferecido pelo Metrô e também verificou casos de assédio moral. Em nota, entidade denuncia: “além de sonegar informações, a empresa chegou ao absurdo de apresentar um ‘treinamento sobre pl0000ano de carreira’, em EAD, que diz ‘que sua realização estará vinculada às metas da PR’. Isso é um assédio moral coletivo institucional, que vem junto com assédio individual”.
MAIS – Sites do Seesp e dos Metroviários de SP.