A lei brasileira não exige que o Presidente do Banco Central seja um Economista na ativa. Mas, a rigor, pra ser Economista e exercer sua função, o profissional precisa se inscrever no Conselho de seu Estado (Corecon). Em São Paulo, na sede do Santander e onde Roberto de Oliveira Campos Neto trabalhou, ele não é e nunca foi registrado no Corecon-SP.
Quem informa é o Conselho Regional de Economia, presidido por Pedro Afonso Gomes. O dirigente diz acerca do presidente do BC: “Como iniciou carreira no Rio de Janeiro (1996-1999), poderia ter-se registrado no Corecon-RJ. Mas, a partir do ano 2000, atuando no Santander, teria que transferir seu registro para cá. Por isso, qualificá-lo como Economista é impróprio, pois tal designação é restrita aos Bacharéis em Ciências Econômicas que se registram no Conselho Regional de Economia do Estado em que atuam”.
Segue o presidente do Corecon-SP: “Consta que ele é graduado em Economia na Califórnia, mas não sabemos se revalidou o diploma no Brasil. Como sempre atuou, desde que veio para SP, em funções de comando do Santander, que não exigem registro como Economista, o Corecon-SP nunca o instou a esclarecer sua condição”.
Protestos – A dúvida acerca da condição profissional do presidente do BC veio à na mesma data, 20/6, em que sindicalismo e movimentos sociais iniciaram campanha nacional pela redução da taxa Selic, persistentemente mantida pelo presidente Campos Neto, em oposição à orientação econômica do governo Lula. Ontem, foi na Avenida Paulista, em frente ao BC. Haverá novos pelo País.
Frentista – Na Paulista, Luiz Arraes, que preside a Federação no Estado de SP, alertou para a necessidade de serem zeradas as dívidas familiares. Ele diz: “Pelo Programa Desenrola Brasil, do governo, o juro é de 1,99% a quem for quitar dívida em até 60 meses. Numa financeira privada, está perto de 14% ao mês”. Para o dirigente, o sindicalismo precisa massificar essa vantagem junto às bases, especialmente, aos os endividados.
MAIS – Sites das Centrais e Desenrola Brasil.