“Cresce Brasil” e avanços em inteligência artificial e em cibersegurança compõem inovações que estarão em alta no próximo ano. Para aproveitar as oportunidades que se apresentam e dar o salto necessário, País precisa ampliar investimentos, inclusive em formação de mão de obra especializada.
Investimentos em inteligência artificial (IA) e soluções em cibersegurança estão entre as principais tendências tecnológicas globais para 2025, como apontado em artigo publicado na revista Forbes. Tais inovações têm sido destaque junto ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) com adesão do SEESP.
Ao bem-estar da população, políticas públicas voltadas à cibersegurança são fundamentais. É o que aponta o consultor Marcos Simplicio Junior em sua nota técnica para a última edição do “Cresce Brasil”, sob o mote “Cidades inteligentes”.
Na publicação, ele revela sua relevância: “quanto maior a integração de soluções tecnológicas no cotidiano dos cidadãos […] e em infraestruturas críticas (e.g., na chamada ‘Indústria 4.0’), maior a necessidade de prevenir o abuso dessas soluções para fins maliciosos, bem como as consequências decorrentes desses abusos: prejuízos financeiros e materiais, danos psicológicos, e até mesmo a perda de vidas humanas”.
O Brasil, como apresentou ao lançamento do “Cresce Brasil – Cidades Inteligentes”, em 15 de julho último, lamentavelmente ocupa a quinta posição no ranking mundial entre os países com maior número dessas ocorrências.
Para reverter esse quadro, desafio central é fazer frente ao déficit de engenheiros especialistas em cibersegurança, ao que urge investimento em formação de pessoal técnico para a defesa. Já há iniciativas voltadas a essa qualificação, alinhadas à Política Nacional de Cibersegurança, como exposto no “Cresce Brasil”. É preciso avançar nessa direção.
Este é o caminho para que o País possa dar um salto em aplicações de inteligência artificial, a serviço também de assegurar cibersegurança. E, ainda, avançar em outras inovações igualmente listadas como tendências durante a 24ª. edição do Futurecom, um dos principais eventos do setor, realizado em São Paulo neste mês, como gêmeos digitais, Internet das Coisas (IoT) e robótica aplicadas sobretudo à nova industrialização.
Os engenheiros brasileiros têm feito a diferença para colocar o Brasil no mapa dos grandes desenvolvedores dessas tecnologias. A pedra no caminho não pode ser falta de mão de obra e investimentos.
Fazer frente a esse desafio é imprescindível, rumo ao desenvolvimento nacional sustentável com inclusão social. Na esteira das tendências tecnológicas, é mister aproveitar as oportunidades em prol de um país melhor, mais justo e inclusivo.
Eng. Murilo Pinheiro, Presidente da Federação dos Engenheiros.