Assembleia nesta terça (24), às 10 horas, convocada pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-Minas), que representa os profissionais das instituições de ensino privadas no Estado, deve aprovar greve por tempo indeterminado diante da intransigência patronal.
Segundo o Sinpro-Minas, o sindicato patronal (Sinepe-MG) mantém intenção de precarizar os direitos da categoria. Em assembleia no dia 14, os professores rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada. Os patrões oferecem 5% de reajuste para a Educação Básica e 4% para o Ensino Superior, abaixo da inflação, além de querer dividir a categoria, com uma Convenção Coletiva de Trabalho diferente para os docentes de cada módulo de ensino.
Enquanto isso, a categoria reivindica a recomposição salarial conforme a inflação desde 2020, com ganho real de 5%, totalizando 25,23%, além da manutenção dos direitos previstos na CCT, regulamentação do trabalho virtual e outros pontos de valorização profissional.
De acordo com Valéria Morato, presidenta do Sinpro-Minas, mesmo com a entrada de grandes grupos empresariais e fundos de investimentos no setor educacional, o patronal segue pressionando os direitos dos professores.
“São dados que evidenciam a lucratividade do setor e como os donos de escolas querem aumentar ainda mais essa margem, à custa das condições de vida e trabalho dos professores. Isso jamair iremos aceitar”, afirma Valéria.
Jogo sujo – Ainda segundo a presidenta do Sinpro-Minas, os donos de escolas tentam desmobilizar a categoria, informando que as negociações da campanha salarial estão avançadas. “Na mesa, ignoram nosa pauta. Não são claros quanto ao recuo em uma série de itens prejudiciais, ao mesmo tempo que reafirmam a intenção de retirar outras conquistas da categoria. O que eles querem é tentar desmobilizar a categoria, porque sabem que é grande a insatisfação e a indignação dos professores”, conclui a dirigente.
Assembleia – Ocorre nesta terça, dia 24, às 10 horas, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, à Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho, Belo Horizonte.
MAIS – Site do Sinpro-Minas.