Dirigentes sindicais, ativistas e lideranças políticas se reuniram no Senado, Brasília, dia 9. Sessão Especial celebrou o Dia do Trabalhador e defendeu redução da jornada sem redução de salários. Audiência foi solicitada por Paulo Paim (PT-RS), autor da PEC 148/2015, que propõe jornada de 36 horas.
Participaram o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; o Coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Luiz Arraes; o Secretário Nacional de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle; o Secretário de Relações Internacionais da UGT, Lourenço do Prado; mais o técnico do Dieese, Alexandre Ferraz.
Paim – Senador lembrou que há outros propostas sobre a redução da jornada tramitando na Câmara e no Senado. “Todas elas, em um primeiro momento, propõe a redução da jornada para 40 horas. Depois, paulatinamente, ela chegaria a 36 horas. Essa é uma tendência mundial, que melhora a qualidade de vida, gera novos postos de trabalho, aumenta a produtividade e melhora a vida de todos”, defendeu o parlamentar.
Marinho – O ministro se referiu às críticas que a CLT vem recebendo de jovens em vídeos virais de influenciadores de direita. “É um absurdo a gente ver alguém estimulando o debate contra a CLT. Esta é uma proteção ao trabalhador, da mesma forma que temos políticas de proteção ao verdadeiro autônomo, que é o microempreendedor. Só não podemos aceitar jamais que o capital se aproprie desse debate e iluda o trabalhador com um falso discurso de empreendedorismo”, afirma.
Arraes – O representante do Fórum Sindical dos Trabalhadores também defendeu a CLT, e destacou a necessidade de valorizar as lutas do movimento sindical. “Nós representamos a classe trabalhadora brasileira. Temos a obrigação de melhorar nossa representação no Congresso, para que trabalhadores possam colocar suas pautas nesta Casa e discuti-las com toda a sociedade. Precisamos reduzir a jornada de trabalho e acabar com a escala 6×1”, pediu Arraes.
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MAIS – Sites do FST, UGT, CUT e Ministério do Trabalho e Emprego.