Domingo (4), Donald Trump prometeu impor uma tarifa de importação de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA. Ação integra ofensiva tributária contra outros países. Para a indústria audiovisual brasileira, essa ameaça não deve gerar consequências negativas. É o que garante Sonia Santana, presidente do Sindcine, entidade que representa técnicos do setor nos Estados de SP, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e DF.
Sonia explica: “O Brasil aprovou uma Lei de Reciprocidade Econômica (15.122/25). Se os EUA taxarem filmes brasileiros lá, nós vamos taxar os filmes deles aqui. E o nosso consumo de produções norte-americanas é muito maior do que o deles em relação à produção brasileira”.
A dirigente também coloca em dúvida a viabilidade da medida, que foi anunciada por Trump nas redes sociais e carece de detalhamento. Não se sabe se taxa seria aplicada com base nos custos de produção ou na receita de bilheteria. “Esse governo fala uma coisa de manhã e muda à tarde. O objetivo parece ser desestabilizar os processos diplomáticos e a relação com os demais países”, afirma.
Oscar – Sobre “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, Sonia entende que a produção de Walter Salles não seria prejudicada por uma eventual tarifa imposta por Trump. “Mesmo que a taxação ocorra, ela vai demorar a ser implementada. Até lá, “Ainda Estou Aqui” já terá sido veiculado nas plataformas de streaming dos EUA, então não haverá qualquer prejuízo”, avalia.
MAIS – Telefone (11) 5539.0955. Site – www.sindicine.com.br