Na segunda (23), completamos 32 dias seguidos com média superior a mil mortes diárias.
A não ser por milagre, a situação só vai piorar. Veja: O Brasil não fez testagens em massa; O Brasil atrasou a compra de vacinas; O governo não consegue executar um programa efetivo de vacinação; O presidente Bolsonaro dá mau exemplo, não usa máscara e gera aglomerações.
Quando a Covid chegou, ameaçava pessoas com mais de 60 anos e os grupos de risco – gente com doenças renais, diabetes, cardiopatias etc. Agora, a cada dia, afeta mais adolescentes e jovens.
Além das mortes, outra conta precisa ser feita. É a conta das sequelas. Pessoas dadas como curadas ainda sofrem vários meses problemas respiratórios, taquicardias, insuficiência renal, depressão e outros.
Tudo isso, além do sofrimento pessoal, gera problemas coletivos, pressionando por atendimento médico e remédios. Ou seja, agrega custos à vida da família e da coletividade.
Propostas – Mas não quero só apontar problemas. Devemos reagir. Registro, por justiça, o empenho das Centrais Sindicais e não apenas por reivindicar vacina pra todos e o retorno do Auxílio Emergencial. Foram as Centrais que conseguiram junto à Venezuela oxigênio pra Manaus.
Pense em Guarulhos. Aqui, falta vacina e vacinação segue muito lenta. Sugiro que o sindicalismo se engaje e pressione o poder público por vacina já. Por poder público entenda-se governo federal, governo estadual, prefeito, vereadores, deputados estaduais e os deputados federais Alencar e Eli.
Proponho que também se mobilizem as igrejas, partidos, movimentos sociais, entidades empresariais, ONGs e os coletivos culturais.
O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) clama por distanciamento social e vacina. Medidas devem ser adotadas ainda em fevereiro. O Congresso tem que pressionar o governo a comprar já mais as vacinas e impedir o retorno das atividades presenciais. Padilha adverte: “Precisamos agir nesta última semana pra evitar um março de terror. O Brasil vive uma escalada de casos, internações e pressão sobre leitos de UTI”.