O Tribunal Superior do Trabalho concluiu segunda (22) o julgamento do dissídio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A greve não foi considerada abusiva e os funcionários receberão reajuste salarial de 9,75% retroativo à data-base, 1º de agosto. Há outros avanços.
O reajuste fica abaixo da inflação até agosto – de 9,85%. Apesar disso, dirigentes comemoram a manutenção de cláusulas do último dissídio e a recuperação de direitos. É o caso do adicional de 15% no trabalho aos sábados, garantia de acesso dos sindicalistas às dependências da empresa pra falar com os trabalhadores, não-permissão do banco de horas e a reposição de 9,75% nos vales-alimentação e refeição, retroativa a agosto.
Segundo o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores nos Correios, José Ap. Gandara, a decisão do TST agrega mais uma vitória aos empregados dos Correios. “Assim como no adicional dos motociclistas, garantido em julgamento dia 14 de outubro, o Acordo Coletivo é uma vitória digna de comemoração pela nossa categoria”, ele diz.
Unidade – Para Elias Cesário (Diviza), presidente do Sindicato de São Paulo e vice da Findect, as conquistas mostram a força e a resistência dos funcionários da ECT. “Nossa vitória é fruto da confiança dos trabalhadores nos Sindicatos e no poder de pressão da categoria, que se manteve firme desde o início, apesar do jogo sujo do governo e da empresa”, comenta.
Luta segue – Na avaliação de Diviza, apesar de derrotar o banco de horas e conquistar reposição em salários e benefícios, além do adicional do trabalho aos sábados, os funcionários dos Correios ainda terão muita luta pela frente. “A prioridade é intensificar nossa atuação no Senado e barrar o projeto de privatização dos Correios”, ele ressalta.
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