Mais de 12 mil eletricitários farão greve de 72 horas, a partir desta terça (15), contra a privatização da Eletrobras. A Medida Provisória 1.031, da privatização da empresa, deve ser votada no Senado na quarta. “Os trabalhadores não farão troca de turnos e todas as atividades programadas estão suspensas”, conta Eduardo Annunciato, o Chicão, presidente do Sindicato dos Eletricitários de SP e dirigente da Força Sindical.
A paralisação enfraquecerá o sistema, mas não cortará a energia. Serão afetados apenas o atendimento de manutenção preventiva e o programado. Cerca de 70% dos trabalhadores da Eletrobras atuam na manutenção e operação do sistema.
Os eletricitários pedem imediata suspensão da MP 1.031. Para a categoria, as consequências econômicas e sociais da privatização não foram explicadas à sociedade. O presidente do Sindicato alerta: “Quando o serviço é privado, o lucro vai pro acionista e a conta fica nas costas da população. Encarecerá o custo industrial também”.
A conta de luz deve ficar até 20% mais cara às famílias e empresas. Além disso, há risco de apagões, como houve depois que privatizaram a Companhia de Eletricidade do Amapá.
Engenheiros – Outras categorias, como os engenheiros, estão mobilizadas contra a privatização. A resistência é articulada pela Federação Nacional e seus 18 Sindicatos associados.
Mais – Acesse o site do Sindicato dos Eletricitários SP