O protocolo assinado por Lula e Biden, dia 20, em Nova York, recolocou em primeiro plano mundial a questão do trabalho decente. Esse compromisso mútuo, a partir de duas grandes Nações das Américas, é iniciativa inédita. A meta central é combater a precarização do trabalho, tendo nos Sindicatos a base de apoio.
Joe Biden foi assertivo: “Não queremos só que uma classe se saia bem. Queremos que o pobre tenha chances de subir na vida. Orgulho-me de meu governo ter sido identificado como o mais pró-Sindicato na história dos EUA”, afirmou no lançamento da iniciativa.
A “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores” tem diretrizes principais: proteger os diretos trabalhistas; promover o trabalho digno no público e privado; combater a discriminação no local de trabalho; abordagem centrada no trabalhador na transição para energia limpa; e o uso da tecnologia e da transição digital em prol do trabalho decente.
Lula enalteceu o caráter histórico da parceria e destacou os desafios pró-trabalho decente no planeta, após décadas de neoliberalismo selvagem. Disse: “O fato é que há dois bilhões de trabalhadores informais. O dado concreto é que há 240 milhões de pessoas que, mesmo trabalhando, vivem com menos de US$ 1,90 por dia”.
Patah – Entre 2010 e 2012, a Agência Sindical produziu vários materiais sobre trabalho decente, fortemente recomendado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho. Entre outros, esta Cartilha para o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a UGT.
Em seu editorial, Ricardo Patah, presidente das duas entidades, dizia: “Precisamos avançar. E isso depende do empenho coletivo do movimento sindical, dos empresários e do poder público”.
A hora de avançar chegou, se todos, ainda que simbolicamente, assinarem com Lula e Biden o Protocolo.