Uma eleição e três notas públicas – João Guilherme V. Netto

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Terminada com êxito e aprovação maciça da categoria, a eleição no Sintetel – Sindicato dos Telefônicos de São Paulo que reelegeu a diretoria renovada, quero destacar três notas públicas de dirigentes sindicais sobre fatos políticos da atualidade.

A primeira, assinada pela CUT, FS, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical e Pública, com a intenção de fortalecer e proteger as instituições, criticou de maneira contundente (e desmascarou sua intenção) as propostas de PECs e projetos de lei aprovados na CCJ do Senado restringindo os poderes do STF e interferindo em seus procedimentos. As Centrais insurgiram-se também contra as tratativas em curso no Congresso Nacional visando anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023, que vandalizaram Brasília.

As duas outras tratam tema de interesse dos paulistanos – o apagão sofrido por eles na cidade.

Os dirigentes Miguel Torres (FS, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos) e Eduardo Annunciato – Chicão (Sindicato dos Eletricitários, vice-presidente da FS e presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio-ambiente), afirmaram enfaticamente que a situação se revelou- “sem energia e sem prefeito”, criticando fortemente a empresa Enel e a Prefeitura pelo descaso com os funcionários e servidores e com a manutenção e prevenção das redes elétricas e das árvores na cidade, com os efeitos catastróficos previsíveis e repetidos.

Já o engenheiro Murilo Pinheiro, presidente da FNE e do Sindicato da categoria no Estado de São Paulo, afirmou que o apagão expõe o equívoco da privatização de serviços essenciais e criticou a Enel por sucessivas falhas não corrigidas, que menorizaram o papel dos funcionários e dos engenheiros.

A nota das Centrais e a dos três dirigentes demonstram a atenção do movimento sindical a fatos políticos da atualidade, relevantes à vida institucional e aos cidadãos.

João Guilherme Vargas Netto, Consultor de entidades sindicais de trabalhadores.