É considerada uma vitória a Campanha Salarial dos Metroviários de SP. Após recuo da empresa, a categoria suspendeu a greve marcada para meia noite desta terça (28).
A decisão foi tomada na madrugada, em assembleia virtual, após o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, entrar em contato com o Sindicato da categoria e aceitar a proposta do Ministério Público do Trabalho, encampada pelo TRT da 2ª Região, na tarde da segunda, 27.
O procurador do Trabalho, Ronaldo Lima, propôs a redução de direitos como horas extras, adicional noturno e outros benefícios por seis meses, com reembolso retroativo após esse período.
Wagner Fajardo, coordenador-geral do Sindicato, comenta o resultado da Campanha. Apesar das perdas temporárias, o dirigente avalia o acordo como um avanço. Ele diz: “Mesmo com uma proposta de suspender alguns direitos temporariamente, pra nós o mais importante era recuar e garantir o transporte da população. Tivemos muito apoio popular à nossa luta e agradecemos. Sabemos que houve dificuldades nessa manhã provocadas pela dificuldade de desmobilização”.
Intransigência – Desde março, a categoria tenta, sem sucesso, negociar com a empresa a prorrogação do Acordo Coletivo e a manutenção dos direitos até o final da pandemia da Covid-19.
Apesar dos apelos da categoria, considerada essencial, a empresa se manteve intransigente e avançou em seus ataques. Na noite da quinta (23), pouco antes da meia noite, o Metrô enviou mensagem eletrônica aos funcionários informando o corte de 10% nos salários.
Pandemia – A crise financeira e diminuição da demanda, ante à pandemia da Covid-19, é a desculpa da empresa pra reduzir direitos e salários. No entanto, o Sindicato rebate esse argumento e denuncia a existência de 400 funcionários na diretoria da companhia que recebem “supersalários”.
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