A Força Sindical divulgou Nota nesta quarta (19) em apoio à greve dos Metroviários de São Paulo. Os trabalhadores estão paralisados contra as tentativas da empresa de retirar direitos da Convenção, dar calote na Participação nos Resultados por dois anos seguidos e arrochar salários.
Para a Força, os trabalhadores estão expostos diariamente ao coronavírus e essa atuação cobra um alto preço. Já são 25 mortes confirmadas e cerca de 700 casos de Covid-19 entre os funcionários d Metrô.
A Central destaca que apoia o movimento de greve e reafirma que esse é um instrumento legítimo de reivindicação, que pode ser usado, inclusive, para a construção de diálogo e de uma sociedade mais justa.
Leia abaixo a Nota da Força Sindical.
Todo apoio à greve dos Metroviários
O Metrô de São Paulo seguiu funcionando mesmo durante a pandemia, graças à dedicação de seus funcionários, expostos diariamente ao coronavírus. Esta dedicação cobra um alto preço. Já foram confirmadas 25 mortes de metroviários e cerca de 700 casos de Covid-19. Entendemos, desta forma, que à empresa cabe valorizar o serviço prestado por seus funcionários.
Nos causa espanto o fato de a direção do Metrô e o governo estadual não terem comparecido na audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para tratar do acordo coletivo estabelecido pelo Sindicato.
Essa postura de descaso foi o estopim para a greve dos metroviários que começou a zero hora desta quarta-feira (19), aprovada por ampla maioria (77,4%) em assembleia online com mais de 3 mil trabalhadores.
Estopim que trouxe à tona outras acusações como o fato de o governo não ter pagado aos trabalhadores a participação nos resultados de 2019 e 2020, ter proposto apenas 2,6% de reajuste salarial não retroativo, além de agir para retirar vários direitos como vale-transporte e adicional de risco de vida.
Diante desta situação e confiante na busca de um entendimento com o governo e com a direção do Metrô de São Paulo, a Força Sindical apoia os trabalhadores e reafirma que a greve é um legítimo instrumento de reivindicação. Um instrumento que pode tanto resultar em um acirramento, quanto ser um caminho para o diálogo e para a construção de uma sociedade mais justa.
Miguel Torres – presidente da Força Sindical.