O Brasil é um País imenso, com uma população enorme. Mas suas estatísticas não precisavam ser tão desconjuntadas e tão remexidas. Basta citar os números do desemprego e assemelhados (mesmo e principalmente aqueles manipulados escandalosamente) para verificar o quanto a brutal situação perde a urgência de seu enfrentamento e superação exatamente porque…eles são aterradores.
O professor Waldir Quadros, persistente e criterioso analista, resume suas pesquisas com a feroz afirmação de que 43 milhões de brasileiros não têm renda decorrente do trabalho. Mesmo que se descontem os aposentados, como conseguem sobreviver os milhões restantes?
Este é o fundo do quadro das dificuldades pelas quais passa o movimento sindical dos trabalhadores, dificuldades agravadas pelo recorrente ataque aos direitos, chamem-se Onix, Bruno ou Gaet.
E, no entanto, as direções sindicais que lutam para se relacionar às bases representadas e conduzir suas campanhas salariais e de resistência enfrentando as dificuldades, têm procurado dar exemplo de relevância também no conturbado e instável mundo das articulações políticas.
Para que se confirme essa dupla pegada (a relação com as bases e as articulações políticas) as direções devem, urgentemente, confirmar seu empenho na realização em abril de 2022 de uma nova Conclat, capaz de unificar o movimento, estruturar-lhe uma plataforma e um projeto e ajudar os brasileiros a sair da crise em que se encontram, revelada nos números paquidérmicos de nossas estatísticas. .
João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical e membro do Diap.
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