26.3 C
São Paulo
sábado, 7/09/2024

Um ano se encerrando – professor Oswaldo

Data:

Compartilhe:

A suposta modernização das relações Capital-Trabalho, demonstra, a cada dia, que veio pra precarizar o lado do Trabalho e destruir a competitividade, mola propulsora do progresso.

Em 2021, assistimos a tudo que num país sério acarretaria rubor aos menos crédulos e indignação aos mais esclarecidos.

O terror de uma pandemia que parece sem fim, uma economia que nada consegue reerguer, a falta de disposição dos empresários em investir, a figura caricata de um Executivo inoperante, um Parlamento serviçal em busca da aprovação de questões particulares, esquecendo a FOME que é tratada com carcaça de frango e ossada descarnada.

E a indignação? Acuado, muitas vezes receoso do que será o dia seguinte, agradecendo a continuidade de sua “Carteira Assinada”, segue o Trabalhador. O que lhe resta são as plataformas de trabalho (Uber, iFood, 99), o tal “trabalho por aplicativo” ou app para os mais chegados, entre tantas novas formas de contratar, das quais é retirado o máximo possível dos direitos sociais, em troca de um salário de miséria.

Essa é, infelizmente, a nossa realidade hoje!

Falar dela choca a sensibilidade de muitos, pois a sentimos caminhando pelas ruas, vemos o número sem fim de famílias vivendo ao relento. Não dá pra fechar os olhos; a realidade é evidente.

O número de voluntários levando comida a esses necessitados dá um “exército” que não vence a batalha diária.

Tragédia anunciada. Alertamos que a Reforma Trabalhista iniciada em 2017 com a aprovação da lei 13.467, e que propunha a suposta modernização das relações Capital-Trabalho, demonstra, a cada dia, que veio pra precarizar o lado do Trabalho e destruir a competitividade, mola propulsora do progresso.

Ela devolveu a você o dia de trabalho anual que financiava seu Sindicato (cerca R$ 2 bilhões, para sustento de quem defende seus salários e direito, dividido entre 11 mil Sindicatos). Nesta semana os senhores Parlamentares aprovam R$ 5,8 bilhões a 30 e poucos partidos, pra campanhas eleitorais. E a mídia criticou no primeiro dia, no segundo com menos veemência; hoje são apenas críticas e depois, bem estamos no Natal, hora de confraternização.

Essa não é a pintura de Natal que gostaríamos de deixar, mas você trabalhador tem que estar atento. Sindicato fraco? Jamais…. depende de sua participação no debate e no custeio, sindicalizando-se ou não. Mantenha-se informado e use como reflexão essa pesada mensagem, talvez seja fruto de dias de solidão, embora muito confortado por amigos, parentes e familiares. Somente você pode mudar o rumo de tudo isso.

Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FSTCNTEECFEPAAENCST

Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/

Clique aqui e leia mais opiniões do professor Oswaldo

Conteúdo Relacionado

Lula 3 e os sinais da economia – Marcos Verlaine

O economista Paulo Gala — que é professor na FGV-SP e conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) —, fez...

Sentido de realidade – Carolina Maria Ruy

Dizem, alguns jornalistas, que as tal das sabatinas são melhores que os debates. Não acho. Em geral os jornalistas que fazem as perguntas não...

Sincomerciários de Jundiaí intensifica luta por aumento real – Milton de Araújo

Com a chegada da data-base para o comércio varejista e atacadista em geral (1º de setembro), o Sindicato dos Comerciários de Jundiaí e Região...

Vote pela democracia e pelo desenvolvimento – Chiquinho Pereira

O Sindicato dos Padeiros de São Paulo, fundado em dezembro de 1930, é uma entidade sindical muito importante para os trabalhadores e trabalhadoras.Trabalhamos na...

Manchete e editorial – João Guilherme Vargas Netto

O Globo de domingo (1º/9) deu capa com manchete denunciando que “O Brasil já tem 153 patrões investigados por coação eleitoral”. E, em matéria...