Sindicalistas, parlamentares e um representante do Ministério Público estiveram quinta (12) no auditório da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Na ocasião, foram discutidas as condições precárias de trabalho das merendeiras do Estado.
Além de dirigentes de São Paulo, a atividade teve participação de lideranças sindicais dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Segundo Nelson Morelli, presidente da Confederação Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (Contac-CUT), a unidade das entidades sindicais é essencial no momento.
“O governo não se mostra preocupado com a situação real das merendeiras. As pessoas estão trabalhando pra passar fome. Os salários são péssimos e, muitas vezes, nem são pagos”, afirma Morelli.
De acordo com o dirigente, o problema já ocorre há tempos. “Depois do golpe contra a presidenta Dilma, foi eleito um candidato cujo discurso era: ‘ou você tem direitos, ou emprego’. Mas, na verdade, não temos emprego, nem direitos, nem nada. O que nos restou foi nossa mobilização e nossa organização pra acabar com esse desmonte”, acrescenta o presidente da Contac-CUT.
Compromisso – Ao final do encontro na Alesp, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) firmou compromisso de elaborar dossiê com denúncias sobre as condições de trabalho das merendeiras. Os documentos serão entregues ao Tribunal de Justiça de São Paulo, ao Ministério Público e aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
MAIS – Acesse o site da Contac-CUT.