As entidades organizadas ampliam ações em defesa da democracia e das instituições do Estado Democrático. O objetivo também é combater os ataques do presidente Bolsonaro à democracia, aos direitos e à vida – a ação governamental contra a Covid-19 é um fracasso chocante.
Com esse objetivo, representantes das principais Centrais, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Ordem dos Advogados do Brasil, de movimentos populares, além de outras organizações civis, realizaram importante videoconferência terça (2). Mais de 50 entidades foram representadas.
UGT – Ricardo Patah, presidente da UGT, avalia positivamente a aliança de entidades representativas pra impedir a volta ditadura que o governo tenciona implantar. “Maior parte da sociedade reconhece e repudia essa situação”. Ele completa: “A mobilização é a saída para reverter e impedir a implantação de um sistema autoritário. Ajudamos a acabar com a ditadura e agora vamos impedir a instauração do fascismo”.
Democracia – Na avaliação de Pedro Kelson, do Pacto pela Democracia, essa ponte entre as instituições é fundamental no momento atual. “Criamos um canal de diálogo entre setores que têm estratégias diferentes, mas o ponto de convergência está na defesa da democracia. Porque esse presidente se mostrou incapaz de comandar o País. Num momento de crise econômica e da saúde, ele trabalha pelo caos social e já demonstrou que não vai parar. Daí a importância de unir todos os setores da sociedade contra essas agressões”, afirma Pedro.
Força – Segundo João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, as entidades também discutem a possibilidade de fazer uma ampla mobilização com diferentes setores da sociedade. “Foi um primeiro encontro. Agora vamos constituir um grupo de trabalho e definir as atividades que serão realizadas. Do jeito que está não pode continuar”, alerta.
De acordo com o sindicalista, não ficou definido se as atividades serão virtuais ou presenciais. “Alguns dirigentes defendem ir às ruas. Outros, atos virtuais que reforcem o isolamento social. Há inclusive a possibilidade de uma grande mobilização, como fizemos no 1º de Maio Unificado”.
STF – Outro ponto de convergência é a defesa do Supremo Tribunal Federal. Todos os participantes manifestaram apoio ao STF e ao papel desempenhado pela Corte máxima. Essa defesa se alinha ao manifesto de 200 empresários, sindicalistas, religiosos e advogados, em abril, em apoio ao Supremo. “É inadmissível a pregação do ódio. Não aceitamos que o Presidente atue por interesses próprios ou dos seus filhos. Por isso, todo nosso apoio ao Supremo Tribunal”, diz Juruna.