Trabalhadores na indústria cinematográfica e entidades patronais do setor buscam definir um protocolo de trabalho ante a pandemia do coronavírus. São várias as iniciativas.
Um delas ocorreu em 28 de maio, por videoconferência. Participaram Simonni Mendonça, presidente da Siaesp – o sindicato patronal da indústria do audiovisual no Estado de São Paulo; Marianna Souza, presidente da Apro – associação das produtoras; Sonia Santana, presidente do Sindicine – que representa os trabalhadores do setor; e José Alexandre, presidente da Abele – associação das locadoras de equipamentos audiovisuais.
O debate não tratou só da retomada das atividades. Foram abordadas, ainda, questões, como medidas de prevenção, novos caminhos na produção e exemplos adotados em outros países.
Sonia Santana destaca que houve grande interesse. Ela diz: “O limite de participação era de 500 pessoas. Mas 1.800 mostraram interesse”. Para a dirigente, “as condições não serão mais as mesmas, porque a pandemia vai mudar inclusive as relações com os clientes”. Ela também vê mudanças e redução nas jornadas.
Formas – A busca desse protocolo se apoia na questão trabalhista e nas condições de trabalho. “Na parte trabalhista, os debates ficam entre representantes de trabalhadores e dos empregadores – ou seja, de sindicato pra sindicato”.
Quando finalizado, o protocolo deverá ser encaminhado à Prefeitura, à SPCine e a outras entidades. Sonia Santana adianta que será necessário limitar o número de pessoas por ambiente de trabalho ou dentro de um set, mantendo-se o distanciamento. A abrangência deverá cobrir as atividades da indústria do audiovisual. A dirigente antevê crescimento do trabalho remoto ainda.
Exterior – Países que retomaram as atividades no setor de audiovisual, por dispor de uma base hospitalar robusta, registram baixa ocupação nas UTIs, relata Sonia Santana.