Dia 7 de abril acontece a terceira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. A primeira ocorreu em 1981, ainda na ditadura. A segunda aconteceu em 2010, num período em que nossa economia crescia e gerava empregos. Por que Conclat agora?
Por várias razões. A principal é definir a Pauta da Classe Trabalhadora num ano de eleição presidencial e também de governadores, deputados e senadores. Definir a Pauta e massificar seu conteúdo.
O sindicalismo também quer chegar às eleições com uma plataforma que represente as necessidades e demandas do conjunto dos trabalhadores brasileiros. A Conclat 2022 tem participação de 10 Centrais Sindicais.
Em todos os momentos de crise forte em nosso País, a classe trabalhadora alertou para a gravidade da situação, combateu a política econômica do momento e também fez propostas de interesse geral da sociedade.
A Conclat se apoia em quatro pilares: emprego, direitos, democracia, vida. Esses itens serão materializados em documento unitário, atualmente em debate no movimento sindical. Dele, nascerá a Pauta Unitária a ser anunciada dia 7.
A ideia é que a Conferência tenha um antes, um durante e um depois. O antes são os preparativos e debates de propostas. O durante é o encontro em São Paulo, com cerca de 500 dirigentes, pra definir a Pauta da Classe Trabalhadora e sua transmissão pelas redes. E o depois é a entrega da Pauta aos candidatos, bem como sua massificação entre as instâncias sindicais e a base trabalhadora.
Cada Central tem feito o debate interno e agregado propostas. Mas o rumo do documento já está delineado: é crescimento da economia, empregos decentes e distribuição de renda.
O sindicalismo combate o modelo neoliberal e a política de Guedes/Bolsonaro, que eleva o custo de vida, ataca direitos e gera todo tipo de instabilidade na vida do trabalhador e da Nação.
Os brasileiros estão cansados do desemprego, recessão e alta no custo de vida. Estamos indignados com a disparada no preço dos alimentos, energia, gasolina, diesel e do gás. Estamos, também, preocupados com a inoperância do governo, que fala muito e faz pouco.
A classe trabalhadora não vai assistir passivamente ao naufrágio nacional. Muitos setores da sociedade estão reagindo contra o descalabro. E nós, dia 7, na Conclat, vamos dar uma demonstração de força e unidade por um Brasil desenvolvido e com justiça social.
Ano eleitoral tem o risco de cruzar a linha entre resistência e campanha eleitoral. Mas esse erro a Conclat não cometerá. Nossa pauta é trabalhadora, é dos que acordam cedo e dormem tarde pra não deixar o Brasil afundar. Partido que quiser apoiar nossa pauta será bem-vindo. Movimentos sociais também. Mas o apoio que buscaremos é de cada trabalhador e trabalhadora deste País.
Miguel Torres
Presidente Nacional da Força Sindical
www.fsindical.org.br
www.facebook.com/MiguelTorresFS
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