A mentira avança – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

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Semana passada, o Brasil viveu uma grande confusão a respeito de suposta cobrança de impostos nas transações por meio de PIX.
O que aconteceu? A Receita Federal fez uma mudança técnica nas faixas e a oposição, maldosamente, passou a dizer que haveria imposto sobre o PIX.
Na verdade, o governo não explicou direito a Norma Técnica, a população ficou confusa e os setores mais radicais da oposição aproveitaram-se do clima de confusão, deitando e rolando nas redes sociais.
O que aprendemos com isso? Muitas coisas. A primeira é que hoje a luta política mais radical acontece nas redes sociais – a própria eleição de Trump, nos Estados Unidos, mostra isso.
Outra lição é a de que toda medida que possa mexer no bolso de alguém (não era o caso) precisa ser muito bem pensada, muito bem executada e muito bem comunicada.
As redes sociais vieram pra ficar. Elas já fazem parte da nossa vida 24 horas do dia. Frequentemente, recebemos textos, fotos ou vídeos sobre uma infinidade de assuntos.
O problema é que muitas vezes a gente não apura o comentário recebido. E, sem apurar, caímos na tentação de compartilhar o conteúdo. Pronto: feito isso, ninguém segura mais o estrago!
Antigamente, a informação maldosa ou manipulada era chamada de mentira, difamação, injúria ou calúnia. Hoje, o nome da mentira é fake news.
Crime – Diz o site especializado JusBrasil: “Espalhar boatos ou notícias falsas nas redes é crime. Muitas vezes, você pode estar ajudando a difundir mentiras pelas redes sociais. Mesmo sem saber. É sempre bom ter isso em mente: a produção e o compartilhamento de notícias falsas e boatos é crime no Brasil e as penas chegam a quase três anos. São crimes previstos no Código Penal e no Código Eleitoral”.
Golpe – Um problema grave são os golpes bancários, premiações de araque, empréstimos vantajosos ou outras fake news que chegam invadem o WhatsApp e outros meios. Por isso, nunca clique numa postagem estranha, nunca atenda número desconhecido. Mais: nunca passe seus dados pessoais por meio de telefonema ou WhatsApp.
O crime organizado aprendeu depressa a atuar nas redes sociais. Ocorre que a legislação sobre o assunto caminha devagar. As grandes empresas donas das redes sociais são todas bilionárias e, com a força do dinheiro, impedem a legislação de avançar.
Nosso Sindicato é atuante nas redes. Felizmente, nunca fomos processados. Tomamos cuidado com os textos, fotos, vídeos ou qualquer outra publicação nas nossas redes. Até porque um erro de informação produz o mesmo efeito de se tomar remédio errado: adoece, mutila ou mesmo mata a pessoa.
A verdade vence. Mas enquanto isso não ocorre a mentira faz estragos. Cuidado!
Josinaldo José de Barros (Cabeça), Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.