Yolanda Díaz, segunda vice-primeira-ministra e ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha, está em visita ao Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro onde se reuniu com o ex-presidente Lula e participou de um grande ato na Concha Acústica da UERJ; depois virá a São Paulo para se encontrar com empresários e reunir-se com dirigentes sindicais na sede da Fundação Perseu Abramo.
É uma mulher atuante com uma trajetória política de defensora provada dos trabalhadores e das trabalhadoras no ministério (o exato oposto do pigmeu, trabalhista-fake, que infelizmente entre nós tem ocupado o irrelevante cargo ministerial).
A camarada Yolanda – sim, porque ela é quadro do Partido Comunista aliado na coligação socialista que governa seu país – atendeu convite das direções sindicais brasileiras que ficaram muito bem impressionadas (na reunião virtual de janeiro) com seu desempenho na revisão da deforma trabalhista neoliberal espanhola.
Sua entrevista ao jornalista Henrique Gomes Batista, que mereceu página inteira de O Globo (29/3), revela a mulher forte que meu título destacou.
Ao terminá-la declarou enfaticamente que “o futuro do trabalho será o que queiramos que seja, porque trabalho e democracia são intimamente ligados”.
Quanto às negociações que conduziu, com trabalhadores e empresários e depois com os parlamentares, destacou a dupla necessidade de garantir direitos e obter consensos capazes de rever a legislação trabalhista reacionária e implementar uma nova, que leve em conta, também, as necessidades que a pandemia trouxe à tona.
Yolanda Díaz é vista na Espanha como uma dirigente política das mais relevantes e sua visita, suas lições, experiência e firmeza são fermentos preciosos para o bolo que nós brasileiros estamos tentando assar.
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