Após quatro meses de negociação com a norte-americana Bridgestone, o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo garantiu a efetivação da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres. Trata-se de grande vitória às trabalhadoras locais ao próprio sindicalismo. O Acordo Coletivo foi aprovado por assembleia. A data-base é 1º de junho.
Márcio Ferreira, presidente do Sintrabor, explica: “A pedido das trabalhadoras no Encontro de Mulheres, na Colônia de Férias, em Praia Grande, e aproveitando o debate suscitado pela CNI e CNC junto ao Supremo, conseguimos introduzir a garantia em nosso Acordo Coletivo com a Bridgestone. A empresa praticamente não ofereceu resistência ao nosso pleito”.
O objetivo do Sindicato, agora, é inserir a equiparação salarial nas próximas negociações ou acordos por fábrica. O dirigente afirma: “No momento, estão em andamento as rodadas com a Prometeon. Entregamos a pauta e estamos no aguardo das negociações. A equiparação salarial está em nosso radar”.
Márcio Ferreira valoriza o acordo: “É uma conquista histórica para as companheiras. É injusto executar a mesma tarefa, com a mesma precisão e qualidade, e receber salário inferior. Não existe justificativa pra essa discriminação. Vamos lutar pra que todas as trabalhadoras recebam o mesmo que os homens, quando em igual função”.
Patronato – Em março, a Confederação Nacional da Indústria e a Confederação Nacional do Comércio impetraram Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei de Equiparação Salarial – 14.661, da lavra do Presidente Lula. Esse gesto revoltou o sindicalismo. Márcio critica as entidades, questionando uma lei esperada há muito e inegavelmente justa. Ele afirma: “A ADI mostra que certo tipo de patrão só busca o lucro, mesmo contra o bem estar das trabalhadoras”.
MAIS – Site e redes sociais do Sindicato dos Borracheiros.