O presidente Jair Bolsonaro segue sua ofensiva contra os trabalhadores no Brasil. Agora, instrução normativa prevê o monitoramento de greves de Servidores e descontos dos dias parados.
Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef-CUT), Sérgio Ronaldo da Silva, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, transformaram Servidores em alvos principais.
“Cada dia fica mais caracterizado o que Guedes falou sobre Servidores, que ia colocar uma granada no bolso do inimigo”, informa o dirigente. À época, o ministro fez essa declaração durante reunião que anunciou a proposta de suspender por dois anos os reajustes salariais no serviço público – que entrou em vigor pela Lei Complementar 173/2020.
Sérgio conta que, apesar disso, os trabalhadores não irão recuar e seguirão lutando por direitos. “O funcionalismo não vai se intimidar, continuará fazendo greves sempre que for necessário”, adianta o secretário-geral da Condsef.
Sistema – A instrução normativa de Bolsonaro prevê que órgãos públicos deverão informar o governo sobre greves e os trabalhadores que aderirem, que terão seus dias descontados nos salários. Essa medida afeta todos os órgãos da administração pública direta, agências reguladoras e até mesmo universidades.
O diretor-técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, avalia como perseguição essa medida. “É mais uma das ações de perseguição ao movimento sindical, que precisam ser coibidas e enfrentadas”, afirma.
Para Fausto, os Sindicatos são bases da democracia e precisam ser protegidos, com direitos garantidos. “E um deles, certamente, é o direito de greve”, conclui.