21.2 C
São Paulo
sábado, 21/12/2024

Engenheiros fazem mais de 30 negociações

Data:

Compartilhe:

Em geral, pensa-se em campanha salarial de categorias mais obreiras, como metalúrgicos, construção civil, químicos, comerciários e outras.

Mas engenheiro também faz campanha e mobiliza em muitas frentes de negociação. No Estado de São Paulo, entre março e novembro, mais de 30.

“Praticamente, negociamos o ano inteiro”, relata ao jornalista João Franzin, da Agência Sindical, o presidente do Sindicato da categoria no Estado  (Seesp-SP) e da Federação Nacional (FNE), Murilo Celso Pinheiro.

Há mais de 15 anos, as campanhas são acompanhadas de um Seminário inicial, do qual participam a categoria, palestrantes convidados e representantes das maiores empresas, geralmente do setor de RH. Nesse evento, as partes firmam a intenção de buscar acordos via negociação.

O pico das negociações ocorre entre maio e junho, com exatas 30 negociações. Entre as quais, com a CPTM, Cetesb, Embraer, Prefeitura de São Paulo, Cesp, Enel e CPFL. A última deles, em novembro, mobiliza os engenheiros da Usiminas.

Pauta – “Nossa pauta, nesse sentido, é parecida com as dos trabalhadores do setor produtivo. Ou seja, reposição das perdas pelo INPC, aumento real e melhorias”, explica Murilo Pinheiro.

Segundo o presidente do Sindicato, “várias negociações acontecem diretamente com as empresas, mas outras nós fazemos com os sindicatos patronais ou a própria Fiesp”.

Piso – Por lei de 1966, o engenheiro tem Piso de nove salários mínimos. Essa lei tem uma história interessante, pois havia sido proposta pelo então deputado petebista Almino Afonso. Mesmo com o golpe de 1964, e a cassação de Almino, a lei foi aprovada no Congresso, mas foi vetada por Castelo Branco.

E não é que o Congresso Nacional derrubou o veto do ditador?

Ares – Atento às mudanças conjunturais, Murilo Pinheiro observa que a eleição de Lula abriu espaços de diálogo com os segmentos patronais. Porém, problemas gerados pelo descuido com a indústria, como a falta de semicondutores e de chips, têm gerado problemas para o debate das pautas.

Outro problema da atual negociação dos mais de 100 mil engenheiros paulistas, argumenta o dirigente, é a alta taxa de juros, que trava a economia e encarece insumos. Reconhecido por seu otimismo, Murilo Pinheiro diz: “É uma batalha dura, mas acho que não estamos abrindo brechas e vamos conseguir baixar os juros, pra que haja estímulo à produção e aos empregos”.

MAIS – Site do Seesp-SP.

Conteúdo Relacionado

Lançada cartilha sobre trabalho decente no comércio

O Sindicato dos Comerciários de Jundiaí e Região lançou o terceiro volume da cartilha “Trabalho Decente no Comércio”, de autoria do presidente da entidade,...

Escolta obtém aumento real

O SindForte informa a base da escolta armada. Terça, 17, foi firmado o acordo coletivo no setor.Aumento salarial de 5,5% a partir de 1º...

Emprego, PIB e renda definem 2024

O País vai bem nos itens crescimento do PIB, Emprego e Renda. Mas há problemas com juros altos e descontrole do dólar, pelo BC,...

Marinho defende CLT e Mínimo

“O País prefere a CLT”. Essa manchete abre a entrevista do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, à revista Veja do último final...

Açotubo e Perfil Líder disputarão final do Futsal Metalúrgico neste domingo

As equipes da Açotubo e Perfil Líder disputam a grande final do 18º Campeonato de Futsal dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Será domingo...